Por Bruno Lyra
O município vem tocando algumas obras e planejando outras, mesmo com a tímida recuperação econômica do país depois de forte recessão, paralisação da Samarco, ausência de novos grandes projetos econômicos na Serra e Estado.
Mais industrializada e populosa cidade capixaba, a Serra tem o 2º maior orçamento (R$ 1,7 bilhão para 2019) do Espírito Santo, perde só para Vitória. Por isso, mesmo em cenário ainda adverso e que grande parte desse valor seja para custeio da máquina, mantém alguma capacidade de investimento público municipal, diferente das suas vizinhas Cariacica e Vila Velha, por exemplo.
Este mês, segundo a Prefeitura, estão em andamento à ampliação do Parque da Cidade, construção da Arena Riviera, drenagem e pavimentação nos bairros Taquara I, Jardim Limoeiro, Jardim Carapina, Lagoa de Jacaraípe, Residencial Jacaraípe, Jardim Atlântico e Parque das Gaivotas. Assim como a construção do Hospital Materno Infantil. E também a Rotatória de Maringá, UPA de Castelândia, dragagem do rio Jacaraípe, pista de bicicross de Novo Porto Canoa e Centro de Iniciação ao Esporte.
Há ainda a construção das creches de Vista da Serra, Central Carapina, Taquara I, Parque das Gaivotas e Jardim Limoeiro. Para completar, há previsão da obra nova rotatória do ‘O’ em Laranjeiras este ano.
O prefeito Audifax anunciou R$ 400 milhões em obras até 2020. Desse valor, R$ 230 milhões é de empréstimo. Operação que é comum aos municípios. Mas que uma hora tem que ser paga, o que pode reduzir essa capacidade de investimentos, caso o tempo de ‘vacas magras’ persista.
Outra parte desse dinheiro vem de convênios com a União e Estado. Este último, já deu sinal claro que, pelo menos agora, não vai abrir a torneira. Tanto que o recém iniciado governo Casagrande já pediu, inclusive, a devolução de dinheiro liberado na gestão anterior de Paulo Hartung, gerando mal estar com Audifax. São R$ 24 milhões, valor relativamente modesto se considerado os R$ 400 milhões anunciados pelo prefeito.
Mas que além de poder atrapalhar o andamento de algumas obras, tem potencial para gerar reflexos negativos nesses dois anos que faltam do mandato de Audifax. E não só pelos convênios, mas também por obras do Estado paradas desde 2014 como a reforma do colégio Aristóbulo e o Contorno de Jacaraípe. E ainda a crônica falta de manutenção na ES 010 no trecho da av. Abdo Saad.