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Comandada pela Prefeitura, Guarda entra em confronto com coletores de lixo em greve | Veja vídeo

Confusão ocorreu na tarde da última quarta-feira (25). Foto: Divulgação

A tarde da última quarta-feira (25) foi de muita tensão na base da Corpus, em Vila Nova de Colares. A empresa é a responsável pelo serviço de coleta de lixo na cidade, que está parcialmente paralisado devido a uma greve dos coletores de lixo – que pedem reajuste salarial. É nesse contexto que grevistas e agentes da Guarda Municipal sob o comandado da Prefeitura da Serra entraram em confronto.

Tudo começou no início da tarde quando o prefeito Audifax Barcelos (Rede) esteve no local tentando convencer os grevistas a voltarem ao trabalho. A tentativa foi frustrada e o prefeito deixou o local. Em seguida, servidores municipais da Secretária de Defesa Social com apoio dos agentes da Guarda Municipal chegaram á base da empresa.

A partir daí o clima esquentou e os agentes entraram em confronto físico com os grevistas. Apesar da tensão, ninguém foi detido e em seguida a Guarda deixou o local. O ocorrido foi registrado em vídeo, e mostra o momento do tumulto e o uso da força por parte dos agentes, incluindo spray de pimenta.

Na manhã de hoje, o prefeito Audifax veio a publico por meio das redes sociais e afirmou que a greve tem motivação política, no entanto não citou nomes e nem apresentou provas. Audifax está em campanha eleitoral para eleger seu sucessor, Fábio Duarte, que está no 2º turno contra Sérgio Vidigal. A greve é de caráter estadual e engloba várias cidades de norte a sul do ES.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo, que representam a categoria, foi procurado, mas não respondeu a demanda.

Já a prefeitura da Serra disse que a informação de que houve truculência da guarda não procede: “A Guarda Municipal foi acionada ontem (25) porque as pessoas que trabalham na coleta não conseguiam sair. Há uma determinação judicial para que 70% da frota atue e isso não está acontecendo na Serra, o que gera risco sanitário para a população com acúmulo de lixo e proliferação de insetos”, disse.

E completou: “Quando os agentes chegaram, foram recebidos com agressões de vários tipos, inclusive verbais, por isso foi necessário usar força moderada para tentar liberar os caminhões e afastar as pessoas. Com a recusa das pessoas em sair, a guarda recuou”.

Sobre a coleta:

Em nota, a Prefeitura da Serra disse que ampliou os equipamentos próprios nas ruas, rodando o município e realizando, dentro do possível, a coleta de lixo. Informou ainda que a Guarda Municipal está dando apoio aos veículos da prefeitura.

“O prefeito da Serra, Audifax Barcelos, esteve nesta quarta-feira na empresa responsável pela coleta na cidade dialogando com os trabalhadores e pedindo bom senso nesse período de pandemia. Ele explicou aos funcionários que está intermediando o diálogo com a empresa na questão do reajuste salarial.

A prefeitura também está cobrando da empresa a manutenção dos serviços, no percentual estabelecido pela lei, para a que a população não seja prejudicada.

Principalmente neste momento de pandemia do novo coronavírus, é fundamental que empresa e trabalhadores sejam sensíveis à crise sanitária em que toda a população está imersa e entrem em consenso o mais rápido possível, para que os serviços sejam retomados.”

Greve

A greve dos funcionários que trabalham nos caminhões de coleta de lixo em diversas cidades capixabas, incluindo a Serra foi iniciada no dia 12 de novembro. Até a finalização deste texto, na tarde desta quinta-feira (26), nenhum carro de coleta de lixo saiu da garagem da Corpus, na Serra. Dessa forma, as ruas da cidade estão ficando tomadas de lixo e muita sujeira.

A reportagem apurou que o Sindicato Estadual das Empresas de Limpeza Urbana do Espírito Santo (Selures) ofereceu uma proposta de 2.46% de reajuste – o que não foi aceito pelos funcionários da limpeza.

Com isso, o Sindirodoviários decidiu manter, no dia 13 de novembro, 30% da frota dos veículos para atendimento essencial aos moradores. Além dos caminhões de lixo, a Corpus possui outros veículos na frota: coleta de entulho, fiscalização, caminhões caçambas, entre outros maquinários.

Entretanto, as empresas entraram com uma medida judicial junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES), “visando à manutenção do serviço de coleta, de caráter essencial à sociedade”. O TRT determinou a manutenção de 70% das atividades em toda base de abrangência do Sindirodoviários, sob pena de multa de R$ 50 mil reais por dia em caso de descumprimento.

Redação Jornal Tempo Novo

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