Se você costuma mastigar muito rápido os alimentos provavelmente já ouviu o comentário ‘‘comer rápido engorda’’. Segundo a WHO (2011), o excesso de peso apresenta etiologia multifatorial, e entre os fatores comportamentais e ambientais, destacam-se os relacionados à dinâmica da alimentação. Há evidências científicas que sustentam que a baixa qualidade da mastigação está associada sim ao excesso de peso (SKATA et al., 2003; SMIT et al., 2011; ZHU e HOLLIS, 2013). Nesse sentido, o aumento do número de ciclos mastigatórios antes de engolir tem efeito tanto sobre o tamanho da refeição, quanto na velocidade da ingestão.
Quando se avalia o comportamento alimentar de um paciente durante o dia pode-se observar que, no período pré-prandial (antes da refeição), há sensação de fome e os reflexos alimentares encontram-se exacerbados. Durante a refeição, a sensação de fome atenua-se gradualmente e há inibição dos reflexos alimentares até que, no período pós-prandial (após a refeição), o paciente rejeite o alimento, substituindo a sensação de fome pela saciedade. Assim, o processo da mastigação é uma fonte rica de impulsos, gerados por receptores musculares, principalmente músculos mandibulares, que estimulam o centro da saciedade.
〽Portanto, a relação direta entre o número de ciclos mastigatórios e a saciedade é apontada por diversos autores, que defendem que quanto maior o número de mastigações, mais rapidamente é ativado o centro da saciedade no hipotálamo.
Agora que você entendeu a relação entre mastigação e obesidade, esteja atento no momento de suas refeições!