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Comércio capixaba acumula prejuízo diário de R$ 45 milhões com greve da PM

Números não consideram arrombamentos e furtos às lojas, conforme vem sendo noticiado diariamente. Fecomércio criou fundo para atender empresários afetados com o movimento de greve

Registro de loja arrombada em Laranjeiras, na última terça (7). Foto: Yuri Scardini

Conforme a greve dos policiais militares avança os prejuízos seguem sendo contabilizados. Segundo dados da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) divulgou números nesta terça-feira (7) em relação aos prejuízos estimados no Estado.

O montante seria de R$ 90 milhões, em função das lojas fechadas, ou R$ 45 milhões/dia. O levantamento considera o PIB do comércio do Espírito Santo (IBGE-2014 atualizados pelo IPCA 2016) diário, como o valor máximo que poderia ser perdido pelo comércio em um dia parado e a quantidade de dias úteis perdidos.

Entretanto, o montante pode ser ainda maior, uma vez que não são levadas em consideração as ocorrências com depredações e assaltos. Estima-se que o faturamento no mês de fevereiro caia em torno de 30%.

A federação anunciou que vai disponibilizar fundo de R$ 1 milhão em empréstimos sem juros a empresários afetados que necessitarem fazer reparos emergenciais nos estabelecimentos que sofreram depredação durante a paralisação da Polícia Militar. Não serão cobrados juros e correções no pagamento do crédito, e os empresários terão até 90 dias para quitar o empréstimo.

Segundo estimativas, foram cerca de 270 lojas saqueadas ou depredadas até o momento só na Grande Vitória e o prejuízo com as depredações e saques gira em torno de R$ 20 milhões para os comerciantes capixabas.
As lojas mais visadas pelos bandidos são as que comercializam eletrodomésticos, roupas no estilo surf wear e, mais recentemente, os supermercados também passaram a estar entre os mais atingidos.
Em Vitória, pelo menos 160 lojas fora arrombadas, mas o número pode ser muito maior. Em Cariacica, esse número já passa de 100 estabelecimentos depredados, sendo mais de 30 apenas na Avenida Expedito Garcia. Ainda não há estimativas para Vila Velha e Serra.
Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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