Clarice Poltronieri
Mesmo com a crise, o comércio da Serra-Sede é forte. São cerca de 350 lojas e mais de 20 mil visitantes diários. Tudo isso fomentado pela presença da Prefeitura, Câmara de Vereadores e Fórum (parte deste irá se transferir para a região de Carapina), bancos públicos e privados, além de oito escolas que atendem os moradores de bairros vizinhos.
O coordenador do núcleo da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) na Serra, Edson Quintino, destaca que a região da Sede possui cerca de 170 mil moradores, o que dá 1/3 do total da população do município. Ele destaca que além dos moradores dos bairros do entorno, também compra no comércio local gente de toda a cidade que vai à sede para resolver alguma questão na Prefeitura e demais órgãos, além de pessoas de cidades vizinhas como Fundão, Ibiraçu e João Neiva.
No entanto Edson revela o temor com a saída de parte do fórum, que passará a funcionar em São Geraldo, na região de Carapina, próximo a entrada da ArcelorMittal Tubarão. “Essa mudança pode tirar de circulação até 2 mil pessoas na Serra-Sede”, aponta.
Essa é uma das razões que tem impelido os empreendedores locais a preparar uma associação comercial. “A Sede é local de tradição popular e administração.É preciso estimular produções voltadas à cultura, como artesanatos relacionados ao congo, e à administração, como atrair faculdades com cursos de gestão pública. É um projeto de longo prazo e que tem de ser discutido com a sociedade, pois a Sede não pode ficar esquecida virar um bolsão de pobreza”, explica.
Trabalhando há oito meses no local, a farmacêutica Simony Pimentel sentiu a força do comércio. “Atendemos de 100 a 150 pessoas por dia, mesmo tendo concorrência de outras oito farmácias na região”, conta.