O comércio exterior capixaba sofre os efeitos da grave crise econômica que assola o país, em especial o Espírito Santo. O estado está penando com a paralisação da Samarco, com a redução das atividades da Petrobrás, com os efeitos da longa estiagem, com o fim do Fundap e com a mudança das regras de distribuição dos royalties entre os estados.
Tanto que as importações e exportações caíram pela metade, assim como o saldo da balança comercial capixaba, que apesar disso, ainda segue positivo. Em 2016 as exportações caíram 33,5%, enquanto as importações recuaram 28,7% em relação a 2015, ano que já vinha em queda em relação ao anterior.
Quando observado o recorte 2014 / 2016, o tombo das exportações foi de 51% e das importações foi de 53,7%. Em 2016, foram exportados do território capixaba US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 20,6 bilhões) contra US$ 9,83 bilhões (cerca de R$ 31,16 bilhões) em 2015 e US$ 12,69 bilhões (cerca de R$ 40,2 bilhões) em 2014.
De importações, em 2016 foram movimentados US$ 3,69 bilhões (cerca de R$ 11,7 bilhões) contra US$ 5,15 bilhões (cerca de R$ 16,3 bilhões) em 2015 e US$ 6,88 bilhões (cerca de R$ 21,8 bilhões) em 2014.
Em 2016, o saldo de balança comercial foi de US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 8,8 bilhões), menor superávit desde 2009. Segundo a assessoria de imprensa do Sindiex, os principais vilões da queda do comércio exterior são o recuo nas exportações de minério de ferro (-59% -2016/2015) e petróleo (-64% -2016/2015).
O primeiro está relacionado à paralisação da Samarco (Vale + BHP Billiton) em novembro de 2015, após o rompimento das barragens dos rejeitos de mineração em Mariana – MG. E o segundo aos desinvestimentos da Petrobrás, que vieram na esteira da devassa dos contratos da estatal feita pela Operação Lava Jato.
Um desses desinvestimentos atingiu a Serra em especial, com a transferência do centro de distribuição da Petrobrás no TIMS para Macaé, norte do Rio de Janeiro.