Yuri Scardini
Nesta entrevista, Jamir Malini (PP), que a partir de janeiro voltará à Assembleia Legislativa do ES na condição de deputado, fala sobre projetos e ações para este novo mandato. Malini era primeiro suplente e assumirá a vaga a partir da eleição de Cacau Lorenzoni (PP) para a prefeitura de Marechal Floriano. Ele e a esposa, Luciana Malini, visitaram a redação do TN, na manhã de quarta-feira, quando concederam a entrevista abaixo:
[TN] Como o senhor recebeu a notícia de voltar a ocupar novamente uma cadeira na Assembleia?
[JAMIR MALINI] Recebi com muita satisfação e alegria. Nós estávamos acompanhando a eleição em Aracruz e em Marechal, e havia expectativa na vitória do Erik Musso e do Cacau Lorenzoni e acabou que deu certo, Cacau ganhou e, a partir de janeiro, a Serra contará com mais um deputado na Assembleia..
O que o senhor vai fazer daqui até a posse, em janeiro?
Vou para as ruas pedir voto para Audifax, temos que reeleger o prefeito, que é para ele terminar o trabalho começado. O mandato que se encerra foi para arrumar a casa, e agora é para desenvolver políticas de crescimento econômico.
Quais são suas expectativas com este novo mandato?
Quero trabalhar para trazer recursos e obras para a cidade. Nestes dois anos de gestão Hartung, nada veio para cá, ficamos isolados, sem vez e sem voz. A arrecadação do município caiu muito, a Serra precisa da mão do Estado para concretizar algumas ações. Comigo na Assembleia, a cidade ganha mais força junto ao Estado. Temos questões ainda mal resolvidas, por exemplo, a paralisação das obras do colégio Aristóbulo Barbosa Leão em Laranjeiras; o esperado Faça Fácil, onde a área já foi desapropriada há anos; o prometido projeto do mergulhão no cruzamento da Norte-Sul com a João Palácios, que dará mais mobilidade urbana naquela região. E o que considero mais importante, lutar para que a obra do Contorno do Mestre Álvaro saia do papel, até agora só vimos promessas. Essa obra vai trazer riquezas para a cidade, empresas e emprego.
Como será seu posicionamento em relação à gestão Hartung, uma vez que o senhor foi da base do ex-governador Casagrande?
Isso é passado, nada impede de ter um bom relacionamento com essa gestão, desde que traga resultado para a Serra. Por enquanto, não dá para adiantar nada não, temos que deixar chegar a hora e ver o cenário que vamos encontrar dentro da Assembleia. O prefeito Audifax se reelegendo vou trabalhar para reaproximá-lo do governador e tirar a Serra do isolamento que se encontra. O deputado Bruno Lamas não pode fazer isso em função da sua filiação partidária e fidelidade a Renato Casagrande, mas eu não tenho esse problema.
Quais ações o senhor pensa em levar adiante?
Quero participar das discussões sobre essa falta d’água crônica, não acho que seja uma questão passageira, o ES vai ter que saber lidar com um cenário de falta d’água permanente. A Grande Vitória, por exemplo, é abastecida por dois rios, Santa Maria e Jucu, que não conseguem suprir a necessidade humana e industrial. Temos que avaliar o uso de água pelo Complexo de Tubarão. Outra questão é questionar os altos índices de homicídios, em especial na Serra. Porque aqui mata tanta gente por tantos anos seguidos e o Estado permanece apático? Somo uma cidade abençoada e isso tira nosso brilho. Além disso, quero discutir ações voltadas ao turismo que é pouco explorado no nosso Estado, valorizando nossos empreendedores. Na cultura, penso em fazer parcerias com outros deputados, no sentido de trazer emendas e recursos para concretizar planos antigos dos serranos.