Divulgadas as pesquisas de intenção de votos na Grande Vitória, surpreendeu a diferença entre os resultados de março e os publicados em setembro, considerando o município da Serra.
O atual prefeito, que tinha aproximadamente 20% das intenções em sua campanha à reeleição há cinco meses atrás, deu um salto e, segundo a pesquisa atual, tem agora 37%.
Interessante nesse caso é que o candidato não está fazendo campanha nas ruas – pelo menos não pessoalmente.
Alguns fatores podem ser considerados para justificar o crescimento nas pesquisas. As ações de divulgação, como o “Agenda 18” ou mesmo com as atuações de seus colaboradores e apoiadores de chapa devem ser avaliadas. Entretanto, o seu drama pessoal, a partir de seu estado de saúde, certamente teve um papel preponderante nesse cenário.
Impossível saber exatamente qual foi o peso desse episódio na composição dos números referentes à intenção de votos. Mas certamente saberemos nas próximas semanas qual será a tendência daqui em diante. Isso porque, passado o primeiro momento de comoção social, guardadas algumas referências, o comportamento do eleitor tende a sofrer variações.
E nesse caso específico há pelo menos duas hipóteses centrais. 1ª hipótese: como a campanha é curta, os efeitos da comoção em torno do drama pessoal, aliado a outros conteúdos da candidatura, possuirão apelo suficiente para convencer os cerca de 10% que se declararam indecisos a votarem na chapa. 2ª hipótese: passada a fase inicial de sensibilização, nas próximas três semanas o eleitor faria avaliações acerca das condições de saúde do candidato ou mesmo outras ordens de considerações, o que poderia levar a uma mudança em sua intenção de voto.
Em relação à segunda hipótese, temos como exemplo o que ocorreu na última campanha à presidência. Dada a tragédia ocorrida, a candidata Marina Silva subiu nas pesquisas num primeiro momento, mas não conseguiu manter os números.