Diante de rumores de que há 6 meses a prefeitura não estaria pagando o aluguel do Pró-Cidadão, em Portal de Jacaraípe, e poderia deixar o local, as comunidades do entorno resolveram se manifestar. Elas querem a permanência dos serviços da prefeitura no atual espaço, que abrange os bairros de Vila Nova de Colares e Feu Rosa. Segundo lideranças comunitárias, a transferência poderia ocorrer ainda em 2017. Mas eles garantem que vão se manifestar para que isso não aconteça.
Há 10 anos o Pró-Cidadão reúne órgãos, secretarias e serviços da prefeitura e outras instituições, cujas salas são cedidas pelo município.
O presidente da associação de moradores de Feu Rosa, Wagner Gunha, considera a possibilidade de saída do Pró-Cidadão um retrocesso. “As comunidades vão perder muito, pois empreendimento ajudou no crescimento delas. Soubemos que ele pode fechar até o meio do ano que vem, mas não vamos permitir. Se precisar, iremos às ruas”, pontua.
Liderança comunitária e religiosa, o Pe. José Carlos, da Paróquia São José de Calazans, que abrange os bairros Vila Nova de Colares, Feu Rosa, Nova Zelândia e Boulevard Lagoa, também quer a permanência do Pró-Cidadão no local.
“Em momento de crise, quanto vai custar essa transferência? Que benefício isso trará para a Serra? Para muitas comunidades não será bom, pois têm pessoas carentes que precisam dos serviços reunidos no mesmo local. E levar isso para longe é lhes negar acesso. Não queremos deixar sair”, frisa.
Prefeitura quer sair
Por meio de nota, a Prefeitura da Serra admite a intenção e para economizar diz que estuda um local próprio para agregar os serviços que hoje estão no Pró-Cidadão. “Há o estudo para construção de um espaço próprio, que possa agregar os serviços ofertados no espaço alugado, que custa anualmente R$ 1,690 milhão. Com essa economia, será possível direcionar os recursos para atender áreas como saúde e educação”.