Ayanne Karoline
A crise econômica também atingiu em cheio os condomínios, que para não saírem no prejuízo adotam medidas de racionamento de serviços para fugir da inadimplência. Dados do Sindicato Patronal de Condomínios do ES (Sipces) mostram que os débitos no Estado, só nos dois primeiros meses de 2016, já ultrapassam os R$290 mil, um aumento de 13% em relação a 2015, que fechou com dívidas de mais de R$ 2 milhões.
O especialista em condomínios da GS Terceirização, Amilton Saraiva, explica que os condôminos estão priorizando o pagamento das contas com juros maiores – como cartões de crédito, limites bancários ou financiamentos – e as que consideram mais urgentes. “Assim acabam ficando inadimplentes, dificultando a gestão financeira dos condomínios não somente comerciais, mas principalmente os residenciais”, explica.
Na Sanel Administradora de Condomínios, a taxa de inadimplência nos prédios da Serra chega a 10%, além de dois processos na Justiça, informa a gerente financeira, Patrícia Amorim. Para evitar o aumento da inadimplência, a solução foi cortar gastos e manter o valor atual da taxa. Para isso, obras como pintura da faixada, reforma de jardim e troca de portão foram cortadas. Manutenções necessárias foram reformuladas. “A manutenção do jardim que era feita mensalmente, agora é a cada dois meses”, disse Patrícia.
Outra opção dos condomínios são as trocas conscientes. Na área de lazer do residencial Vila Verde, em Morada de Laranjeiras, a economia foi grande nas contas de água e energia elétrica, segundo o síndico Handerson Braga. Após a ativação de um poço artesiano e a troca de lâmpadas convencionais pela de LED, a taxa caiu. “ Na conta de água foram cerca de R$900 de diferença. Já na de luz, uma economia de 60%”, revela.
