É uma doença que acomete o trato respiratório dos felinos, causada por uma bactéria chamada Chlamydophila felis.
A infecção pela C. felis é mais frequente em colônias e abrigos que tenham um alta incidência de gatos e os animais acometidos são normalmente os gatos jovens normalmente com idade inferior a 1 ano de vida.
A Clamidiose está associada a quadros de conjuntivite (principalmente crônicas), sendo que mais de 30% dos gatos apresentam afecções oculares.
C. felis não sobrevive no meio externo ao hospedeiro; portanto a transmissão requer contato direto entre a fonte de infeção e o animal que está suscetível, normalmente através de secreções oculares com a principal via de transmissão; mas também a interação social, o grooming, locais fechados sem ventilação, super população e não segregação de animais doentes ajudam a propagação da doença.
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As principais manifestações clínicas da Clamidose são: secreção ocular inicialmente unilateral, depois de 1 a 2 dias, bilateral, tornando-se de serosa a mucopurulenta, conjuntivite grave, hiperemia, congestão e quemose das conjuntivas palpebrais, podendo haver desconforto ocular com blefaroespasmo. Pode ocorrer febre transitória, disorexia e perda de peso no período de incubação da doença. Quadros mais graves podem acarretar sérias complicações, tais como aderências conjuntivais, ceratites e úlceras de córnea.
O tratamento é indicado para a atenuação dos sintomas, bem como a eliminação do estado de portador. São utilizados antibióticos juntamente com terapia tópica. A descontinuidade do tratamento pode ocasionar recidiva clínica.
Recomenda-se a vacinação em animais com 8 semanas de idade, requerendo uma segunda dose após 3 ou 4 semanas, ou a critério do médico veterinário. Como as manifestações clínicas se concentram mais entre as 5 e 8 semanas de idade, recomenda-se precocidade no esquema vacinal para filhotes de gatas não imunizadas, ou que não tenham ingerido o colostro (iniciar às 6 semanas de idade). Reforços anuais deverão ser feitos para todos os animais que se encontram em risco epidemiológico.
Para aninais imunocomprometidos recomenda-se a vacinação com inócuos inativados.
Fonte: Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos