Após afirmar o impedimento de fiscalizar a UPA de Serra-Sede no início da semana, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES) diz que vai procurar a Justiça e solicitar um mandado de segurança. Além disso, o órgão fez um boletim de ocorrência e acionou o Ministério Público contra a prefeitura da Serra.
Na última terça-feira (11), membros do Coren-ES junto com o vereador Basílio da Saúde (Pros)n vieram a público denunciar que o secretário de Saúde da Serra, Benício Santos, teria proibido o grupo de apurar denúncias que versam sobre carga excessiva de trabalho, assédio moral, risco de assaltos e outras contra a categoria.
Segundo o conselheiro Elias de Souza Lima a ordem para impedir a entrada do grupo teria partido do secretário da Saúde.
“Somos fiscais natos, temos autorização por Lei para entrar e fiscalizar qualquer autarquia onde existam profissionais de enfermagem. Tivemos denúncias em relação às unidades de saúde da Serra, sobrecarga de trabalho, assédio moral e outras. Precisamos averiguar por meio de diligências. A averiguação deveria ser feita em todas as dependências da unidade. Fomos informados de que não tínhamos autorização; que precisaríamos ligar e agendar uma visita, mas fiscalização é feita de surpresa. Fomos ao Ministério Público e registramos queixa, além da solicitação de um mandado de segurança, o que já está sendo providenciado”, disse o conselheiro.
Procurada pela reportagem a subsecretária de Saúde, Cristiane Stem, disse que o grupo não foi em momento nenhum impedido de entrar. “O que nós não permitimos é a participação em uma reunião de trabalho. Estava ocorrendo uma reunião de equipe e eles queriam participar. Isso não faz sentido”, disse.
A respeito das denúncias de sobrecarga de trabalho e assédio, Cristine Stem disse não foram apresentadas à Secretaria. “Gostaríamos de receber a denúncia formalizada para se pronunciar”, acrescentou.
O vereador Basílio da Saúde não foi encontrado pela reportagem.