Ayanne Karoline
Após uma semana de portas fechadas, por motivos de insegurança, as unidades do Conselho Tutelar na Serra voltaram a funcionar normalmente na última segunda-feira (16). A decisão de disponibilizar um vigilante provisório e, em 60 dias, um definitivo, foi tomada após reunião que com Prefeitura, conselheiros e Ministério Público estadual.
O MPES informou por meio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Serra, que foi deliberado que o município da Serra disponibilizaria um vigilante para atuar, de forma alternada, nos plantões do Conselho Tutelar I e II, até que haja a contratação em efetivo do guarda patrimonial. Também ficou deliberado que o vigilante efetivo do município atuará de forma alternada no Conselho Tutelar III e IV. “O município terá de informar ao MPES o cumprimento das determinações, de forma que os referidos conselhos tutelares continuem funcionando normalmente”, diz a nota.
Porém, a volta dos trabalhos não agradou os funcionários, que relatam problemas na dinâmica do funcionamento. Segundo um conselheiro que preferiu não ser identificado, no primeiro dia já houve um incidente envolvendo um ex-presidiário. “No primeiro dia com as portas abertas veio uma moça que é porteira. No segundo não veio ninguém. Não estamos nos sentindo seguros. O sentimento é de retrocesso em todas as reivindicações”, lamentou.
A coordenadora do Conselho Tutelar na Serra, Andrea Aparecida Moreira Gomes, explicou que o prazo dado pelo MPES à Prefeitura para que os vigilantes efetivos comecem a atuar nas regionais do Conselho Tutelar da Serra é de dois meses, após processo de licitação. “Enquanto isso, continuamos com a insegurança, afinal estão mandando porteiros para as sedes regionais. Nossa luta não era para isso”, explicou.
A Prefeitura, por meio de nota, explicou que guardas patrimoniais contratados por ela já realizam a segurança das regionais do Conselho Tutelar, que é um órgão independente, em regime de escala. Em 60 dias, todas as regionais estarão com guardas patrimoniais fixos.