O senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) quer punição para a militante extremista Sara Giromini, que expôs nas redes sociais a identidade e o local de internação da menina de 10 anos, estuprada pelo tio e que precisou fazer aborto para interromper a gravidez. O caso que ocorreu em São Mateus e ganhou repercussão nacional.
Essa será mais outra frente de investigação contra a militante, que responderá a outros processo em consequência da divulgação dos dados.
Contarato fez uma representação ao Ministério Público solicitando investigação sobre a atuação de Sara no episódio. Para Contarato, os dados da menina violentada estavam em procedimento amparado por segredo de Justiça, a fim de preservar sua intimidade, mas a ativista expôs, por meio de vídeo nas redes sociais, os dados da criança e o endereço do hospital onde o procedimento de aborto legal seria realizado.
“Nós nos solidarizamos a todas as vítimas de violência sexual, especialmente as crianças, que precisam de todo o amparo do Estado. Enquanto parlamentares, precisamos pensar juntos nas soluções para esse grave problema. É o que propomos com o presente voto de solidariedade”, disse o senador para a Revista Veja.
Após a divulgação dos dados da menina, religiosos anti-aborto fizeram um ato na frente do hospital para tentar impedir a interrupção da gravidez, fato que dificultou a trâmite do processo e expôs ainda mais a vítima.
De acordo com a Folha de São Paulo, a perseguição à vítima começou ainda no aeroporto, onde anotaram a placa do veículo que transportava a criança. Então, os religiosos seguiram o veículo até a sede do hospital em Pernambuco que iria fazer o procedimento. A menina chegou a ser obrigada a entrar no porta-malas do carro para despistar a aglomeração que se formou na frente do hospital, gerando ainda mais constrangimento a vítima.