O deputado estadual Bruno Lamas (PSB), se envolveu numa polêmica durante as últimas semanas. Isso porque ele é autor de um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa que previa a redução de imposto estadual na conta de energia. Porém, a pedido do governador eleito, Renato Casagrande (PSB), o atual governador Paulo Hartung (MDB) vetou o projeto, que apontou inconstitucionalidades na proposta e impacto negativo de R$ 500 milhões na arrecadação. Nessa mini entrevista, Bruno se posiciona sobre o caso, afirma que vai votar contra o veto e critica a “gastança” de recursos públicos nessa reta final de mandato do governador Hartung:
O senhor é autor de um projeto de lei para redução no imposto da conta de energia. Mas a pedido de Casagrande, o governador Hartung (MDB) vetou. Isso gerou algum constrangimento no PSB? E Qual é a sua posição a respeito do veto?
Votarei contra o veto. Responsabilizo o Governador Paulo Hartung que foi quem assinou e encaminhou o veto à Assembleia Legislativa. Ele nunca foi de obedecer a ordens. Então, essa atitude não cola. Continuo ao lado da população, defendendo a redução da conta de luz que subiu 18%. Reduzir a conta de energia aliviaria o orçamento das famílias e aqueceria a economia. Minha relação com Casagrande é de 25 anos. Tenho convicção que ajudarei muito a Serra sendo elo entre a cidade e o Estado.
Você tem feito críticas sobre as movimentações financeiras do Governo do ES nessa reta final do ano, especialmente sobre a liberação de convênios assinados com prefeituras, entre elas a da Serra. Qual é sua posição sobre o tema?
O Governo anuncia uma gastança absurda, de quase R$ 600 milhões a 2 meses para o fim do ano. São convênios em parcelas única (ferindo o decreto nº 2737-R de 19 de abril de 2011) assinados após as eleições. Compra de imóveis de forma apressada; terceirização de hospitais públicos sem debate com a sociedade, entre outras. Hartung herdou o Estado com mais de R$ 2 bilhões em caixa e quer entregar ao seu sucessor R$ 300 milhões que não custeiam sequer uma folha mensal dos servidores. É preciso regras mais rígidas para todo o Brasil, no que tange à transição de Governos.
Você tem pelo menos mais dois projetos de redução de impostos tramitando na Casa que tratam-se da redução da taxa de esgoto e da alíquota do IPVA. Vai manter as propostas?
Meus projetos foram apresentados, ainda em setembro, quando sequer tínhamos o resultado das eleições. Vou continuar propondo leis que realmente façam a diferença na vida das pessoas. Já iniciei o diálogo com a equipe de transição para avaliar o impacto financeiro, ajustar as matérias e seguir em frente no intuito de aprová-las.