A temporada de chuva chegou com força ao ES e à Serra e já provoca grandes alagamentos em parte das obras do Contorno do Mestre Álvaro. Logo que vieram as primeiras pancadas fortes, ainda em novembro, os pontos mais baixos do traçado suportaram bem, conforme reportagem mostrada por Tempo Novo.
Mas, com o aumento do volume de chuvas desde então, a situação se agravou deixando o trecho da futura rodovia totalmente submerso entre os polos industriais Jacuhy e Piracema, próximo ao ponto onde a via ligará com o Contorno de Vitória.
A reportagem esteve na manhã desta terça –feira (03) no local e registrou em fotos e vídeo a submersão total de parte do traçado. Há de se lembrar, no entanto, que neste trecho ainda não foi feito aterro definitivo. Mas apenas aterro inicial para demarcar o traçado e permitir a entrada de máquinas e equipamentos necessários a execução da obra.
À medida que se avança para o norte do traçado, os terrenos são um pouco mais elevados. Nesses pontos, há muita água acumulada nas margens da obra, inclusive com o aterro reduzindo o fluxo da drenagem do ribeirão Brejo Grande e gerando inundação da estrada de acesso ao presídio e ao sítio histórico do Queimado.
Quase não havia operários ou trabalhadores da obra ao longo do trecho entre o Jacuhy e Guaranhus na manhã chuvosa desta terça-feira. Uma das poucas atividades que estavam sendo executadas, era a detonação de rochas para a passagem da rodovia num trecho mais seco, no alto de um morro próximo ao Queimado.
As obras são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) e a empreiteira executora do serviço é a Contractor. Desde o último dia 19 de novembro a reportagem pede ao DNIT informações sobre o projeto de drenagem, inclusive se os alagamentos das últimas semanas ensejaram mudanças. Mas, até a publicação desta matéria, não teve retorno.
Previsto para ficar pronto até 2021, o Contorno do Mestre Álvaro está na fase de terraplanagem e corte de rochas. A via terá 19 km e fará parte de novo traçado da BR 101, ligando as regiões do Jacuhy ao sul e Calogi ao norte. O custo estimado é de R$ 300 milhões. A expectativa é que tire 35% do tráfego entre Carapina e Serra Sede, atual trecho da BR 101 que pode ser municipalizado quando o Contorno estiver pronto.
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