A ordem de serviço do contorno do Mestre Álvaro, que vai tirar a BR 101 da área urbana da Serra, já foi assinada no último dia 18 de dezembro. Mas a obra não pode começar, pois ainda há pendências ambientais. A licença ambiental é de responsabilidade do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), e a obra gerida pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER).
De acordo com o diretor-presidente do Iema, Elias Morgan, a Licença Prévia (LP) da estrada de 8,5km de extensão e cerca de 30 metros de largura foi emitida em novembro de 2013. Para começar o serviço o DER precisa requerer a Licença de Instalação (LI).
“Mas antes o DER precisa apresentar onde serão instalados corredores de fauna – passagens sob a pista para o trânsito de animais silvestres; os locais onde será feito o reflorestamento compensatório, pelo menos o dobro dos 36,4 hectares de áreas de preservação permanente (APP) que serão suprimidos”, explica.
Os responsáveis pela obra também terão que fazer pontes para a passagens dos cursos d´água, já que a região é sujeita à inundação, e o uso de manilhas pode complicar a drenagem. Também falta a apresentação de local de onde será retirado o material para aterro, o canteiro de obras e o bota-fora, acrescenta Morgan.
O diretor disse ainda que a LP tem prazo de quatro anos renovável por mais quatro.
Compensação Ambiental
Como compensação ambiental o contorno do Mestre Álvaro vai gerar R$ 1,23 milhão. O valor global da obra é estimado em R$ 290 milhões. Metade do dinheiro da compensação, R$ 617 mil, será aplicada nas reservas do Mestre Álvaro e do Morro do Vilante. A outra metade vai para a reserva de Duas Bocas, em Cariacica.
“Para o Mestre Álvaro, cerca de R$ 400 mil serão investidos para a criação da unidade de proteção integral. O restante vai para a Área de Proteção Ambiental do Morro do Vilante. Este planejamento foi aprovado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente”, conclui.