Por Renato Ribeiro
Fundamental para a mobilidade não só da Serra, mas do Estado e até do país, o Contorno do Mestre Álvaro terá seu preço ambiental. Para implantação da via, serão atingidos o equivalente a 31 campos de futebol de vegetação nativa da região.
A informação está no EIA / RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental entregue pelo DER / ES – Departamento de Estradas de Rodagem ao Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
Dos 30,42 hectares (ha) de vegetação que serão retirados, sendo 24,6 (ha) são em áreas alagadas. Segundo o EIA / RIMA na região há 168 espécies de animais e quatro sítios arqueológicos. Além disso, durante a fase de execução da obra, há possibilidade de contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas por eventuais derrames de óleos e graxas das máquinas.
Com 18,26 Km de extensão, a rodovia fará conexão entre o Contorno de Vitória, na altura dos polos Jacuhy e Piracema, com o trecho após o posto da PRF em Belvedere. A obra será executada pelo Governo do ES, que até já contratou o consórcio formado pelas empresas Contractor, Pelicano, Sulcatarinense e Enecon para iniciá-la. A expectativa é que comece ainda em 2015.
Em entrevista ao Jornal Tempo Novo em 2014, o então diretor-presidente do IEMA na época, Elias Morgan, informou que haverá compensação da área suprimida através da reposição florestal de no mínimo o dobro da vegetação anteriormente existente, porém não informou onde será realizada essa compensação.
O IEMA também afirmou que os responsáveis pela obra deverão fazer pontes para a passagem dos cursos d´água, já que a região é sujeita à inundação, pois o uso de manilhas pode complicar a drenagem.