Ouvido na manhã desta terça-feira (17), em Brasília, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o empresário Eike Batista, fundador do Grupo EBX, admitiu que contratou os serviços de consultoria do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, em 2008, para intermediar a construção de uma siderúrgica na Bolívia. A convocação de Eike foi feita pelo deputado federal e ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT).
O empresário foi questionado por Vidigal, durante o depoimento, sobre sua relação com o ex-presidente Lula (PT) e se teria pedido ajuda ao petista para sair da crise que se instalava em seu grupo empresarial, Eike Batista confirmou que pediu, acrescentando que é normal no meio empresarial para salvar o patrimônio.
Vidigal ainda questionou se o empresário já teria feito doações a partidos políticos, e o empresário disse que o fez, como qualquer empresário que acredita na democracia. Disse que contribuiu com os grandes partidos e candidatos que teria alguma afinidade. “Mas doei para PMDB, PSDB e, claro, ao PT”.