O Corpo de Bombeiros do Espírito Santo disse que não existe nenhum incêndio em área de turfa na Serra. Nesta semana, moradores começaram a reclamar sobre um forte cheiro de fumaça em vários bairros da cidade. A população afirma que o odor é muito parecido com o que era causado pelas queimadas nas turfas, que aconteceram nas baixadas do Mestre Álvaro.
Para o TEMPO NOVO, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Carlos Wagner Borges, afirmou que não existe nenhum incêndio na área de turfa da Serra. “No município da Serra hoje só existe um incêndio num terreno baldio na localidade de Bicanga. E não há nenhuma outra entrada de queimada nesse sentido não”, disse.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social também negou que a turfa esteja queimando. Por meio de nota, disse que até o momento o Corpo de Bombeiros Militar não foi acionado para ocorrência de incêndio em turfa e no entorno do Mestre Álvaro.
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Conforme noticiado, a Defesa Civil da Serra disse que irá até a região do Mestre Álvaro para verificar as reclamações dos moradores. O coordenador da Defesa Civil municipal, Coronel Antônio Carlos Coutinho, disse que ainda não foi confirmado nenhum incêndio na área de turfa.
Moradores sentem cheiro de fumaça deste o início da semana
O TEMPO NOVO recebeu relatos de moradores de diferentes bairros da Serra. Alguns deles são: Jardim Limoeiro, Laranjeiras Velha, Serra Dourada, Cidade Continental e até nas regiões de praias, como Portal de Jacaraípe e Balneário de Carapebus.
Os moradores afirmaram que a fumaça está incomodando e muito a população. Fabiana Cole, de Valparaíso, é uma das que está sofrendo com a fumaça. “Eu senti o cheiro muito forte junto com um calor danado em Valparaíso”, reclama.
Douglas Rodrigues, morador de Morada de Laranjeiras está sentindo o cheiro da fumaça em sua comunidade há dois dias. “Em Morada de Laranjeiras também já veio cheiro”, relata o popular. Situação parecida acontece no bairro do morador Beto Santos. “Bastante fumaça na região de Portal Jacaraípe”, disse.
De José de Anchieta II, Margarida Couto também está ficando incomodada com a fumaça. “Comecei a sentir no inicio da semana e logo pensei que podia ser a turfa. O cheiro é muito parecido. Deus queira que não seja, porque já sofremos muito com isso nos últimos anos e não quero passar mal novamente por causa de fumaça”, disse.
Sobre a turfa
O incêndio na turfa é difícil de combater. O solo de turfa é formado por vegetação em decomposição e normalmente fica molhado por se tratar de área brejosa. Mas com a falta de chuva resseca e fica sujeito à combustão, que no caso do entorno do Mestre Álvaro é deflagrada após incêndios, intencionais ou não, na vegetação da superfície ou mesmo em resíduos sólidos descartados de forma irregular.
A combustão na turfa ocorre debaixo da terra e emite muito enxofre, o que agrava problemas respiratórios da população. Os incêndios na turfa viraram problema de saúde pública durante a superseca que atingiu o ES entre 2015 e 2016.
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