Por Anderson Soares
O corpo do professor Marcos Pereira dos Santos que morreu carbonizado após seu carro colidir com um caminhão na BR 101 em Planalto Serrano na última sexta (05), ainda não foi liberado e família sofre com a demora. O problema é que ainda não foi possível a identificação oficial.
Marcos morava no bairro São Judas Tadeu, era casado e pai de dois filhos, sendo um deles uma enteada de 14 anos. Ele era professor de história e dava aula na escola João Loyola na Serra Sede e na escola Getúlio Pimentel em São Domingos.
Segundo o amigo Júlio César Arthur, o professor também atuava nas atividades religiosas da Igreja Católica São Judas Tadeu.
“Eu tenho acompanhado de perto a dor da família. A cada instante o Departamento Médico Legal (DML) faz um pedido de um novo tipo de exame para reconhecimento do corpo. Essa situação prolonga o sofrimento. Chegaram a dizer para a gente que o corpo só deve ser liberado em 15 dias”, afirma Júlio.
A assessoria da Policia Civil informou que o trabalho dos médicos legistas varia de acordo com a complexidade de cada situação. E que nesse caso específico, não é possível precisar o tempo de liberação.
Em nota, afirma que o corpo foi encontrado carbonizado e, por isso, a perícia ainda não conseguiu identificá-lo.
Emoção
“Ele foi meu professor há muito anos. Era ótimo, não gostava de brincadeiras. O aluno que quisesse passar em sua disciplina tinha que saber do conteúdo ensinado e não tê-lo decorado”, lembra Priscila Biazutti ex-aluna do educador.
Emocionada, a diretora da escola Getúlio Pimentel, Rosangela Massariol, conta que o professor era dedicado e sabia chamar atenção dos alunos.
“Era rigoroso, mas muito compreensivo com as particularidades de cada aluno. Marcos tinha muita competência”, completa o diretor da escola João Loyola Rudiney da Silva.