Uma poda de restinga em Manguinhos virou caso de polícia no início desta semana. A ação seria feita pela Secretaria de Serviços da Serra, no entanto após confusão envolvendo o presidente do bairro, Guilherme Lima, que é contra o corte da vegetação, a Polícia Ambiental foi chamada para apaziguar os ânimos e autuar supostas irregularidades.
De acordo com o líder comunitário, a Prefeitura da Serra estava realizando a poda sem a autorização da Secretaria de Meio Ambiente e sem um técnico responsável para o serviço. Guilherme explicou que já tinha sido feita uma reunião com a comunidade para decidir como seria o manejo da restinga, mas a Secretaria de Serviços queria realizar a poda sem a autorização.
“A comunidade fez uma reunião e deliberou que a secretaria iria, antes de continuar o trabalho, apresentar o plano de manejo da restinga, além disso, o bairro iria criar uma comissão de biólogos para estar acompanhando esse manejo para não dá problema, mas ai na segunda a Secretaria de Serviços peitou a comunidade e quis realizar a poda sem a autorização, na mão de ferro, sem respeitar a comunidade e o meio ambiente”, explicou.
Para impedir a ação – que ele classifica como “irregular”, Guilherme foi até o local onde a equipe da prefeitura estava iniciando os trabalhos, e pediu para que não fizesse o serviço. “Falei com eles que se alguém colocasse a mão na restinga eu iria chamar a Polícia Ambiental e realmente chamei. A polícia foi lá e só não fizeram o serviço com medo de irem para a delegacia”, afirma.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura da Serra para que o município comentasse sobre o ocorrido e também explicasse se a poda estava sendo feita de forma correta. Por meio de nota, a prefeitura disse que tem “autorização para o manejo da restinga”. Além disso, afirmou que o serviço é realizado de acordo com o cronograma da Secretaria de Serviços da Serra.