Costureiras que dão vida aos ‘arraiás’ da cidade

Ana Paula Bonelli

Por trás de cada bordado, fita e tecido da beleza das roupas de festas juninas, julinas e agostinas está a criatividade e as mãos de costureiras que fazem as vestimentas dos dançarinos da tradicional manifestação cultural brasileira.

Costureira desde os 12 anos, Mariângela Lima Silva, conta que aprendeu a costurar aos oito anos. “Nesta época fazia roupas de boneca, gostei do ofício e desde então nunca parei”.  

Ângela destaca que faz todo tipo de vestimenta, mas que nos meses de junho, julho e agosto o foco é nos vestidos juninos. “Quando entra junho parece que a criatividade aflora”, diz a costureira que chega a fazer cerca de 100 vestidos por mês para sua loja Angelinhas Fantasias, em Laranjeiras.

Já Ana Maria Tavares trabalha com a arte desde os 13 anos e diz que a procura aumenta nesta época do ano. “Junto com São João vem à criatividade e a procura pelas roupas juninas. Tem festa de escola, de igreja e todos querem ir bem bonito para os arraiás”, declara.

Da Serra-sede, Fátima Murta costura há 50 anos e aprendeu o ofício sozinha. Ela conta que começa a confeccionar os vestidos em fevereiro. “E faço para todas as idades, desde bebês até adolescentes, adultos e terceira idade. Alugo, vendo e faço por encomenda”, conta Fátima que começou a costurar no tempo em que ainda se tinha que fazer a linha com algodão. “Fazia o enxoval dos meus irmãos à mão”, conclui.

Festa junina

Nesta sexta-feira (14) tem evento na Apae da Serra, em Laranjeiras. O Arraiá dos Apaexonados será a partir das 18h, na sede da instituição, que fica na Rua Afonso Arinos de Mello e Franco, n° 133. A tradicional festa terá música ao vivo, comidas e brincadeiras típicas. Também haverá sorteios de brindes.