Mesmo com um significativo crescimento diário nos casos confirmados e óbitos causados pelo coronavírus, a Serra seguirá classificada, pela 12ª semana consecutiva, como risco baixo. Na prática, a cidade fica livre de restrições no comércio, escolas e outras atividades. A decisão foi tomada pelo Governo do Estado no último fim de semana, quando a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou mudanças significativas no Mapa de Risco e municípios da Grande Vitória voltaram para Risco Moderado.
Ao contrário da Serra, Vitória e Cariacica sofreram mudanças. Nessas cidades, as principais restrições são para escolas, que estão proibidas de funcionar de forma presencial (regra válida para ensino público e privado, menos superior, técnico e cursos livres), bares e restaurantes, que devem encerrar as atividades às 22 horas de segunda a sábado e às 16 horas nos domingo e, por último, eventos corporativos, que passam a ter limitação de 300 pessoas.
Mesmo com a Serra em risco baixo, algumas regras continuam valendo para o controle da proliferação do coronavírus. Em estabelecimentos comerciais, por exemplo, é obrigatório o uso de máscara, disponibilidade de álcool em gel e distanciamento social. O mesmo vale para escolas públicas e privadas.
A manutenção do risco baixo na cidade traz alívio para comerciantes e demais empresários. Na última semana, após a Secretaria de Saúde anunciar possíveis alterações de classificações em diversas cidades capixabas, a Serra era um dos municípios com a possibilidade de voltar a sofrer restrições.
Na cidade, já são 22.807 moradores que foram infectados pelo coronavírus, 577 mortos e 21.834 considerados curados da doença. Também existem outros 31.531 pacientes com suspeita. No momento, eles aguardam os resultados dos exames já realizados. A Serra lidera, juntamente com Vila Velha, o ranking de cidades com mais óbitos por Covid-19 no Espírito Santo. Além disso, é o terceiro município com mais contaminados.
A Matriz de Risco de Convivência considera no eixo de ameaça: o coeficiente de casos ativos por município dos últimos 28 dias, além da quantidade de testes realizados por grupo de mil habitantes e a média móvel de óbitos dos últimos 14 dias. Já o eixo de vulnerabilidade considera a taxa de ocupação de leitos potenciais de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19, isto é, a disponibilidade máxima de leitos para tratamento da doença. A estratégia de mapeamento de risco teve início no dia 20 de abril.
O Mapa de Risco segue as orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle (CCC) Covid-19 no Espírito Santo, que é composto pelo Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). As decisões adotadas pelo Governo do Estado seguem parâmetros técnicos.
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