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Covid-19 no ES | Contaminação é maior entre jovens e adultos; idosos morrem mais

Movimento de pessoas na Av. Central em Laranjeiras, Serra. Até a 19ª semana da epidemia, a Grande Vitória concentrava 85% dos casos da doença, que contamina mais jovens porem mata mais idosos. Foto: Ana Paula Bonelli

A maior parte das pessoas que contraíram a covid-19 no ES tem entre 20 e 59 anos, ou seja são jovens e adultos. Mas a maioria das mortes é de idosos. É o que aponta estudo realizado pela Ufes publicado em junho pela Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde.

O estudo é baseado nos dados do Painel Covid-19 do Governo do ES e compreendem período de 29 de fevereiro – data do 1º caso confirmado da doença no Espírito Santo – a 4 de maio. Isto é, até a semana dezenove da pandemia em território capixaba.

A pesquisa concluiu que mais de 70% das mortes no período ocorreram entre pessoas com 60 anos ou mais. No entanto, apenas na faixa etária de 30 a 39 anos se concentraram nada mais nada menos que 29,2% das pessoas contaminadas.

Outro dado importante verificado no estudo é que a letalidade foi maior entre os homens, mesmo havendo mais casos de contaminação entre as mulheres. Elas representaram 56% do total de doentes.

Gráfico elaborado pelos pesquisadores sobre contaminações e mortes pela covid-19 até a décima nova semana da epidemia no ES. Foto: Reprodução/Difusão Espacial da Covid-19 no Espírito Santo: Uma Abordagem Inicial

E mesmo concentrando 50 % da população do ES com cerca de 2 milhões de moradores, a região metropolitana da Grande Vitória teve, no período do estudo, 85% dos casos da doença. E, no interior, até a 19ª semana, a dispersão maior da covid-19 se deu em municípios cortados pela BR 101, no litoral entre Linhares e Marataízes, divisa com o Rio de Janeiro e nas cidades montanhosas do entorno da Grande Vitória, como Domingos Martins, Santa Teresa, Alfredo Chaves e Venda Nova.

A pesquisa foi coordenada pelo professor doutor do Departamento de Geografia da Ufes, Rafael de Castro Catão. E teve a participação dos estudantes de mestrado, do mesmo departamento, Felipe Cunha Crisóstomo e Marcone Henrique de Freitas. Também fizeram parte do corpo de pesquisadores os estudantes de graduação de Geografia, Flora Antônia Soares Ribeiro e Cheylla da Penha Carli de Castro Velten.

O estudo está disponível no link https://doi.org/10.14393/Hygeia0054639.

Redação Jornal Tempo Novo

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