Política

CPI do TIMS é aberta na Câmara da Serra, mas vereador que fez o pedido é excluído

Apesar de ser o denunciante que apresentou pedido de CPI, manobra legislativa excluiu William Miranda da composição da CPI. Foto: divulgação.

Os vereadores da Serra irão investigar a concessão do TIMS (Terminais Industriais Multimodais da Serra) que é explorado pela empresa AGTI (Andrade Gutierrez Terminais Industriais). Trata-se de um polo industrial construído em área pública de 2,4 milhões de m² e concedido para a AGTI; com a contrapartida de um pagamento mensal da taxa de uso, fato que supostamente a empresa nunca teria realizado nos últimos 29 anos.

O TEMPO NOVO trouxe o caso à tona em um ciclo de reportagens iniciadas em 25 de fevereiro, e desde então a empresa se nega a prestar quaisquer esclarecimentos. A AGTI explora área pública de alto valor empresarial, construindo e alugando galpões para outras empresas. O TIMS se localiza em Carapina as margens do Contorno de Vitória; e a divida da empresa com o município giraria em torno de R$ 20 milhões, de acordo com um especialista ouvido pela reportagem.

Há cerca de dois meses tramita na Câmara da Serra um requerimento (nº 31/2021) para abertura de CPI (oficialmente chamada de CEI – Comissão Especial de Inquérito), com objetivo de fiscalizar o contrato e investigar possíveis irregularidades. Porém na última segunda-feira (10) foi publicada a portaria de nº 892 no Diário Oficial, da qual instituiu a Comissão e definiu os membros que dela farão parte.

Para a surpresa de muitos, o vereador William Miranda, autor do requerimento pela abertura da CPI, foi excluído dos membros da Comissão. Nem mesmo como suplente, ele figurou. De acordo com a portaria, quem vai presidir a CPI é Wellington Alemão, e terá Teilton Valim como relato e Pablo Muribeca como secretário, todos eles vereadores alinhados com o presidente Rodrigo Caldeira.

Dr. William foi procurado pela reportagem, se disse surpreso com a exclusão de seu nome como membro da CPI e afirmou que vai questionar o presidente sobre o assunto.

“O Regimento interno da Câmara diz claramente que o denunciante que fez o requerimento para abertura da CPI tem que ser um dos membros da comissão. Isso é regra, não tem como ser questionada. Vou acionar quem for necessário, sou vereador eleito igual todos os outros e preciso ser respeitado no exercício constitucional da minha função. Porque quiseram me excluir? Por qual razão? Seria para bagunçar a comissão e ser mais uma dessas CPI’s que não leva a lugar nenhum?”, queixou-se dr. William.

Mari Nascimento

Mari Nascimento é repórter do Tempo Novo há 18 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal, principalmente para a de Política.

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