O menino Eduardo Nascimento de Souza, de Mata da Serra, está internado no pronto-socorro do Hospital Infantil do HPM, em Vitória, e precisa de doação de sangue (qualquer tipo). Ele tem três anos de idade e está hospitalizado desde o último sábado devido a complicações da anemia falciforme, problema congênito e que não tem cura. Segundo a mãe da criança, Luciana Nascimento de Souza, ele deve ser transferido para o Hospital Infantil da Reta da Penha.
“O tipo de sangue dele é A positivo (A+), mas é preciso que tenha a proteína que é encontrada no sangue dele. Então, às vezes tem doador do mesmo tipo, mas não é compatível”, explica a mãe do menino, Luciana Nascimento de Souza.
A anemia falciforme foi detectada ainda no teste do pezinho. De acordo com a mãe de Eduardo, ele é o primeiro na família a apresentar a doença. “Eu tenho o traço e o pai dele também. Por isso, ele nasceu com o problema e apresenta os sintomas”, relata Luciana.
Vale lembrar que, quem possui o ‘traço’, não desenvolve a doença, não apresenta sintomas e pode ter uma vida normal; mas se os pais têm o ‘traço’, a criança pode apresentar a anemia, que não tem cura.
O menino sente falta de ar, por vezes também febre e dores no baço, o qual, segundo Luciana, está bastante alterado. Aliás, esses são alguns dos sintomas de quem sofre dessa doença, que ainda pode causar crises de dor nos ossos e nas articulações, mas que pode atingir outras partes do corpo; como também infecções, pneumonia, entre outros.
Quem puder ajudar, inclusive com medicamentos, pode fazer contato com Luciana, mãe de Eduardo, pelo telefone (27) 27 99289-6735.
Sobre a anemia falciforme
Segundo informações disponíveis no portal do Ministério da Saúde, a anemia falciforme é uma doença hereditária (passa dos pais para os filhos) caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, deixando-os na forma de foice ou meia-lua. Essas células têm sua membrana alterada e se rompem facilmente, causando a anemia.
A hemoglobina, que transporta o oxigênio e dá a cor aos glóbulos vermelhos, é essencial para a saúde de todos os órgãos do corpo. Essa condição é mais comum entre os afrodescendentes, mas, devido à miscigenação, pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda.
Por isso, fazer o teste do pezinho, realizado gratuitamente antes de o bebê receber alta da maternidade, proporciona a detecção precoce de hemoglobinopatias, como a anemia falciforme.