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Crime bárbaro contra Araceli deu origem ao dia de combate ao abuso infantil

Araceli morou em Bairro de Fátima, na Serra e além de ter sido espancada, estuprada e drogada, teve ainda seu corpo queimado. Foto: Reprodução Internet

Há exatos 48 anos, no dia 18 de maio de 1973, a pequena Araceli Cabrera Sanchez Crespo, de apenas 8 anos, desapareceu em Vitória, no Espírito Santo. Só foi encontrada seis dias depois. Espancada, estuprada, drogada, queimada e morta. Os suspeitos de uma família tradicional da Capital foram absolvidos e o crime, arquivado.

A data do assassinato ficou marcada e, no ano 2000, foi instituído o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado hoje (18), em alusão a morte da menina. Araceli morava em Bairro de Fátima, na Serra, e é o nome dela que consta na rua onde a menina residiu. Em Jardim Camburi, um viaduto também leva o nome da pequena.

O crime brutal cometido contra a pequena Araceli acontece diariamente dentro dos lares, mas muitos não são denunciados. Nem todos os casos tem os mesmos requintes de crueldade que o de Araceli, mas todos eles deixam marcas difíceis de serem apagadas. O triste é pensar que a maioria dessas ocorrências é cometida por pessoas próximas da família e que tem a confiança da criança.

Na última sexta-feira (14), uma menina de seis anos foi agredida no interior do Estado, em Ecoporanga, e o suspeito do crime que também envolve abuso sexual é o padrasto. Infelizmente, a menina não suportou os abusos e faleceu no domingo (18).

Dados do Governo do Estado, mostram que em 2021, a cada 6 horas, uma criança ou adolescente estuprada foi atendida pela rede pública de saúde. Foram 519 notificações de criança com menos de 14 anos que sofreram abusos sexuais, sendo 450 meninas e 69 meninos. Os números se referem aos meses de janeiro a abril. No ano passado, foram 495 e em 2019, 698.

Na Serra, a Rede de Atendimento Integrado a Criança e ao Adolescente – Rede Aica, irá intensificar as ações sobre o tema e contará com a participação de diversos parceiros, entre eles, o menino Jeremias Reis.

Os profissionais da entidade, irão fazer campanhas educativas com entrega de máscaras e panfletos em pontos estratégicos da cidade.

Dois pontos serão na região de Laranjeiras e um em Carapina. Serão entregues 2 mil máscaras de proteção, folhetos informativos e símbolos da campanha. A Guarda Municipal da Serra estará ao lado da Rede Aica durante as ações com início às 9 horas.

O telefone de denúncia em caso de abuso sexual é o Disque 100.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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