Um dos crimes mais bárbaros que já aconteceram no Espírito Santo e que chocou o Brasil vai completar 50 anos nesta quinta-feira (18). Foi neste dia que Araceli Cabrera Sanchez, de apenas oito anos, foi sequestrada, drogada, violentada e assassinada, na Praia do Suá, em Vitória.
O que muitos não sabem é que a menina tinha sua vida ligada a Serra. Moradora de Bairro de Fátima, ela foi sepultada no Cemitério Municipal da Serra Sede, um dos seis cemitérios públicos da cidade e que fica atrás da Igreja de Nossa Senhora Conceição, padroeira da cidade.
Araceli só foi sepultada 3 anos depois no Cemitério Municipal de Serra, no túmulo de número 1213, devido a demora e divergências na investigação. Em Bairro de Fátima, uma das ruas da comunidade leva o nome da menina.
O corpo de Araceli só foi encontrado seis dias depois de ter sido assassinada em um matagal, nas proximidades do Hospital Infantil, em Vitória, desfigurado e em adiantado estado de decomposição.
O caso Araceli Crespo se tornou um marco na história do Espírito Santo, e a data de seu desaparecimento, 18 de maio, é hoje o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A falta de justiça e a impunidade continuam a ser fonte de revolta e questionamentos, revelando as falhas e lacunas no sistema judicial brasileiro.
No dia 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Crespo, uma menina de 8 anos, saiu mais cedo do Colégio São Pedro, na Rua General Câmara, no bairro da Praia do Suá, em Vitória, onde estudava, mas nunca chegou em casa.
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Investigações revelaram que ela foi induzida a usar drogas e estuprada antes de ser morta. Porém, o que ocorreu entre o momento do seu desaparecimento e a descoberta de seu corpo permanece um mistério até os dias de hoje. Os principais suspeitos eram Paulo Constanteen Helal e Dante Michelini, pertencentes a famílias influentes do Espírito Santo.
O caso gerou grande comoção e mobilizou forças policiais, imprensa e moradores. Novos protocolos de segurança foram estabelecidos nas escolas e até mesmo paranormais foram convocados para ajudar a encontrar a menina. No entanto, apesar da brutalidade do crime, ninguém foi responsabilizado, e a falta de justiça se tornou uma questão marcante.
As investigações iniciais foram marcadas por problemas e falhas, comprometendo a produção de provas que poderiam levar aos culpados. O corpo de Araceli foi encontrado em estado avançado de decomposição, dificultando sua identificação, mas exames de cabelo e arcada dentária confirmaram sua identidade.
Ao longo do processo, surgiram suspeitas e acusações contra diversas pessoas, incluindo membros da elite capixaba. No entanto, divergências e contradições prejudicaram o andamento das investigações, resultando em poucas pistas concretas.
Quatro anos após o assassinato, três indivíduos foram denunciados pelo Ministério Público e levados a julgamento. No entanto, em um primeiro julgamento em 1980, as condenações foram anuladas por um erro técnico. Em 1991, após um novo julgamento, todos os acusados foram absolvidos por falta de provas. O crime prescreveu em 1993, encerrando qualquer possibilidade de punição para os envolvidos.
Apesar dos esforços de pesquisadores, profissionais e da família, o caso permanece sem uma resolução satisfatória, destacando a necessidade de uma justiça mais eficiente e responsável para crimes dessa natureza. A memória de Araceli Crespo vive como um símbolo trágico da violência contra crianças e da luta por um sistema judicial mais justo e eficaz.
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