A escassez de água, que ocorre em grande parte do país, chegou ao Espírito Santo e tem assustado os moradores. Neste cenário, a venda de caixas d´água tem aumentado consideravelmente. Na Serra, por exemplo, as lojas registraram grande movimento nas últimas duas semanas, chegando a vender o dobro do item no período.
O gerente da Rede Constrular Altoé, que fica em Laranjeiras, João Batista de Oliveira Filho, afirma que a procura aumentou após as notícias na imprensa. “As mais vendidas são as com capacidade para 500 e 1000 litros”, conta.
Localizado em Serra Sede, a Popó Material de Construção vendeu todas as caixas d´água que possuía nos últimos dez dias. O proprietário, Márcio José Barcelos, admite que já tem lista de espera com pedidos. “Está até difícil de falar com o fornecedor, que tem recebido muitos pedidos e quase não dá conta de atender”, revela.
Com a grande procura, o preço subiu cerca de 20%, segundo o proprietário do Material de Construção Vale do Jequitinhonha, que fica em Carapina. O fato também pesou no bolso dos consumidores. Atualmente, os valores vão de R$ 200 a mais de R$ 1.300.
Líder no mercado nacional de caixas d´água, a Fort Lev, que tem um fábrica na Serra, revela que o aumento na demanda por caixas d’água vem ocorrendo há um ano, mas na região sudeste se intensificou nos últimos seis meses. De acordo com o diretor comercial e de marketing da Fort Lev, Evandro Sant’Anna, a empresa tem esgotado estoques e reservas de produção por causa da alta demanda.
Armazenamento ideal
Segundo Sant’Anna, a Serra vive hoje um estágio que vai além de simplesmente comprar uma caixa d’água. “Os moradores já estão avaliando as necessidades e fazendo as contas para adquirir a caixa d´água ideal para seu tipo de residência”, explica. Ele ainda afirma que outra tendência, que está chegando ao município, é a busca por acessórios mais especializados, como cisternas e tanques de captação da água da chuva.