Crise hipertensiva pode causar infarto, AVC e morte, alerta médico geriatra

Na última semana, o cantor Sidney Magal, de 72 anos, deu um susto em seus fãs quando passou mal durante um show, no interior de São Paulo, em razão de um pico de pressão.

O artista também teve um sangramento espontâneo no cérebro e precisou ficar internado na UTI. A crise hipertensiva é um sinal de alerta, principalmente em pessoas idosas.

“Esse pico ocorre quando há um aumento súbito da pressão arterial. Felizmente o Sidney Magal foi socorrido a tempo, mas a crise hipertensiva pode trazer consequências graves, como ataque cardíaco e AVC. Isso porque, quando há um aumento expressivo da pressão, o coração não é capaz de bombear o sangue corretamente, o que pode danificar os vasos sanguíneos e comprometer o funcionamento de órgãos como olhos, cérebro, coração e outros. Alguns casos podem, inclusive, evoluir para óbito”, explicou o médico geriatra Gustavo Genelhu.

Em muitos casos, a hipertensão não apresenta sintomas e isso pode prejudicar o diagnóstico e, assim, o paciente não recebe o tratamento adequado. “Principalmente as pessoas idosas, é muito importante fazer consultas regulares com o geriatra para que seu quadro geral de saúde seja avaliado. Muitas vezes, a pessoa tem pressão alta e nem sabe e só descobre quando passa mal”, alertou Genelhu.

A pressão arterial pode variar, mas é considerada normal, no máximo, até 120 mmHg ou, popularmente, 12. De acordo com a classificação médica, é considerada a pressão alta em 14 por 9 ou acima disso.

Entre os fatores de risco para a hipertensão estão o sedentarismo, obesidade, idade avançada, alimentação rica em sódio (sal) e automedicação, uma vez que alguns remédios contribuem para elevar a pressão.

“Para evitar e controlar esse problema, é importante que a pessoa adote um estilo de vida saudável, praticando atividade física regular, adotando uma dieta equilibrada e seguindo corretamente as orientações médicas, principalmente acerca das medicações prescritas. Isso vale para idosos e pessoas mais jovens também”, ressaltou o médico geriatra.