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Crise mundial prejudica economia da Serra, avaliam lideranças  

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Vista da região do Civit I: empresas do comércio exterior devem ser as mais atingidas e desemprego pode ser agravado. Foto: Divulgação Prefeitura da Serra

Locomotiva econômica de um dos estados de maior corrente de comércio do Brasil, a Serra deverá sentirá os impactos da crise internacional, que ganha dimensões imprevisíveis com a pandemia de coronavírus e com a queda do preço do petróleo gerada pela disputa entre russos e sauditas. Essa é a avaliação de gestores públicos e lideranças empresariais.

Secretário de Desenvolvimento Econômico da Serra, José Eduardo Azevedo diz que a crise internacional com o coronavírus e a queda no preço do petróleo tem rebatimentos na economia do município. “O impacto maior deve ser nas empresas de exportação e importação. Mas é importante destacar que a Serra é uma cidade que está atraindo investimentos ligados ao mercado nacional, como centros de distribuição, atacadistas, comércio e serviços que não serão os primeiros a serem atingidos pela crise”, avalia.

José Eduardo considera, ainda, que conta a favor da cidade o fato de o Município estar com as contas em dia. “A expectativa é a de que até o final do ano essa crise já tenha passado. É um impacto que deve ser transitório”, conclui.

Diretor-presidente do Instituto Jones Santos Neves (IJSN), Luiz Paulo Velozzo Lucas, lembra que o Espírito Santo tem 53% do PIB composto por atividades de importação e exportação (corrente de comércio), enquanto a média nacional é a metade. “Claro que (a crise internacional) vai impactar. O que não quer dizer que sofreremos mais, pois economias abertas como a nossa são mais dinâmicas”, avalia.

Para Luiz Paulo, é provável que haja recessão na economia nacional, fato já ocorrido em 2015 e 2016 e, também, em décadas anteriores. No entanto, ele ainda não vê no horizonte brasileiro perigo cambial, inflação alta e crise de solvência, como ocorreu nos anos de 1980, ou como ocorre na vizinha Argentina. “A diferença, hoje, é que o país tem balanço financeiro saudável e reservas”, argumenta.

PIB do Estado teve retração de 2% em 2019

O diretor do IJSN lembra que a economia brasileira vem de um ciclo lento e difícil de recuperação e a capixaba já tem retração (pouco depois dessa entrevista, a Federação das Indústrias divulgou dado extraoficial que houve queda de 2% no PIB do ES em 2019). “É uma situação que deve reduzir o poder de compra, gerar desemprego”, completa.

Todavia, Luiz Paulo pondera que o ES tem situação fiscal sólida e que a economia capixaba vem absorvendo problemas setoriais com grande influência local, como a paralisação da Samarco, redução da produção do arranjo siderúrgico após o rompimento da barragem da Vale em 2019, redução de 34% da produção de celulose e queda da produção de óleo e gás também no ano passado.

“Precisamos ter muita calma. Nós do Governo estamos apostando na regionalização e interiorização da economia. É preciso incentivar o turismo histórico, cultural, ambiental, gastronômico, a agricultura familiar. As commodities são importantes, e que bom que as temos; mas a diversificação é chave para superar dificuldades”, conclui.

Cidade já prevê queda na receita com petróleo

O problema do petróleo na Serra e no Espírito Santo vai além da queda de preços da commodity gerada pela disputa entre os megaprodutores Rússia e Arábia Saudita. Estados e municípios produtores vivem a possibilidade de perder receita de royalties para outros entes federativos não produtores.

No final de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve votar liminar que, por hora, suspende a lei da redistribuição aprovada em 2013. A expectativa é a de que a liminar seja derrubada e, o pior: há risco de os estados e municípios produtores terem que devolver boa parte do que receberam de royalties desde 2013.

Só de royalties, o caixa municipal recebeu R$ 31,7 milhões em 2019, o que dá R$ 2,6 milhões por mês. Para 2020, o valor previsto já está abaixo, R$ 25,6 milhões. Vale lembrar que antes dos problemas da redistribuição dos royalties e da queda dos preços, o setor de óleo e gás já enfrentava redução da produção no ES. Tanto que, segundo o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Léo de Castro, a redução da produção petrolífera capixaba em 2019 foi um dos principais responsáveis pela retração do PIB capixaba em 2%, conforme dado divulgado na última quarta-feira (11) pela Findes.

Para a Serra, a perda na arrecadação com petróleo pode vir também com a quota-parte do ICMS cobrado nas bombas de combustível. A queda no preço da commodity pode chegar, em algum momento, ao consumidor final com gasolina, etanol (que tem um percentual de gasolina na composição) e diesel nos postos. “Mas esse seria o último impacto”, pondera o diretor-presidente do IJSN, Luiz Paulo Velozzo Lucas.

A Serra ainda pode sentir na rede de fornecedores e prestadores de serviços à Petrobras e outras empresas exploradores de petróleo. Para o cofre estadual, o impacto pode ser muito expressivo. Só no orçamento de 2020, cujo valor global é cerca de R$ 19 bilhões, R$ 2,2 bilhões vêm do petróleo.

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