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Da Serra, Edson Papo Furado, gosta mesmo é de samba, cachaça e comida

Edson já compôs diversos sambas-enredo para a Unidos da Piedade. Foto: Clarice Poltronieri

Por Clarice Poltronieri

Um dos maiores sambistas capixabas é serrano. Edson Papo Furado, de 76 anos, é da Serra-sede, e começou a brincar com a música tocando congo com colegas no bairro.

Edson já compôs diversos sambas-enredo para a Unidos da Piedade, sua escola de coração, e já gravou 9 álbuns, com composições próprias e clássicos do samba.

Sua trajetória no samba o levou a fazer shows no Rio, São Paulo, Bahia e até Portugal. “Marquei ensaios na Portela, conheci Jamelão, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara. Tenho três camisas de seda do Cartola, que ganhei da esposa dele após seu falecimento”, se orgulha. Sobre compor, ele afirma: “Me inspiro no cotidiano, na relação com as pessoas. A composição que mais gosto é ‘Mulher Luz’, em parceria com José Virgínio. Mas ele morreu, né? Então agora o samba é meu”, brinca.

Mesmo no samba, Edson defende o congo e garante “A música Madalena é do congo de Putiri. Tinha sete anos e minha tia cantava.

Sobre sua vida na Serra, lembranças contadas com muito humor. “Reprovei seis anos na 1ª série, na escola João Loyola. Uma vez minha mãe queria que eu fosse anjo na procissão da igreja. Arrancou as penas de um pato e fez a asa e a roupa. O padre disse que não tinha anjo preto e me tirou. Mamãe deu uma surra nele. Outra vez, brincava de girico (bolinha de gude) e não levantei quando o padre passou. Ele me chamou de ‘macaquinho’ mal educado, joguei uma pedra na cabeça dele. Tomei uma surra daquelas”, ri.

Depois disso, Edson foi morar em Vitória, onde conheceu o samba nos bares, ritmo que entrou de vez em sua vida no Rio de Janeiro. “Passei 26 anos entre Rio e Vitória. Lá, minha casa era a Lapa; aqui é a rua Sete. Aqui, quando a gente batia um samba, a polícia levava. Fui preso 4 vezes na mesma noite”, relata.

Sua vida é rodeada de três coisas: samba, cachaça e comida. “Sempre rola um samba de quintal lá em casa. E tenho cachaça e som no meu banheiro. A turma liga e marca ‘Vamos fazer uma zuada aí? Acender uma vela?’ e o samba come solto”.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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