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Moradores de Laranjeiras ‘driblam’ a Covid-19, mas são pegos pela chikungunya

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Um dos possíveis foco do mosquito Aedes Aegypti pode ser o campo de futebol da comunidade que está abandonado e cheio de mato. Foto: Ana Paula Bonelli

Moradores do bairro Parque Residencial Laranjeiras estão fazendo isolamento social para evitar o contágio pela Covid-19, mas não estão conseguindo se livrar de um outro problema: o mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como dengue, zika e chikungunya. Os moradores denunciam que diversas pessoas que moram nas ruas Machado de Assis e Afonso de Arinos Melo Franco, além de outras vias adjacentes a estas, estão com algumas dessas doenças.

Dados da Secretaria de Saúde dizem que no bairro, três casos foram confirmados para chikungunya, 19 para dengue e 3 para zika.

Uma das pessoas que está com chikungunya é Hildemar Potratz. “Contrai a doença há cerca de 30 dias e é muito doloroso. Acabou com minha saúde. Essa doença não tem cura, você tem que aprender a conviver com o problema. Sinto muitas dores nas juntas e articulações, dores musculares intensas. Não consigo fazer nada. A pessoa que pega não consegue andar de maneira normal, anda meio corcunda, dói muito os tornozelos, cotovelos e pulsos”, conta.

Outra moradora que também está com chikungunya é Márcia Pimenta que disse que sofre as consequências da doença há cerca de 30 dias também. “Eu moro próximo a Apae, e meus vizinhos, de frente, do lado, toda essa quadra tem tido os mesmos sintomas. Eu sei que estou com chikungunya e esta doença não é como a dengue, ela te desmonta, pés inchados, mãos inchadas, estou de cama até hoje. Eu mantenho o meu quintal limpo, a gente sabe que o mosquito existe, foi feito uma varredura em todos os quintais e inclusive calhas”, explica Márcia que disse ainda que o campo de futebol da comunidade pode ser uma das causas do problema.

“Sempre passei na frente daquele campo e via aquele tanto de mato, copinhos descartáveis com água dentro. A consequência disso está sendo colhida agora. Até tentaram limpar o campo, começaram a limpar, mas foi embargado o trabalho”, denuncia.

Também com chikungunya, José Bento Donateli, disse que vários moradores apresentam os mesmos sintomas, muitos com diagnóstico já comprovado. “Muitas dores no corpo, febre náuseas e falta de apetite. Que tive conhecimento durante duas semanas foram de 09 a 10 pessoas com esses mesmos sintomas na nessa região. Creio que é motivo de sobra para se fazer uma investigação nessa redondeza. Principalmente no antigo campo de futebol que está precisando de uma limpeza e também tem um poço lá, mas não posso afirmar que ali é o foco, é uma desconfiança e tem também a área da antiga escola Aristóbulo Barbosa Leão”.

Segundo o interventor judicial da Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras, Antenor Coelho Evangelista já estava sendo providenciada a limpeza do campo da comunidade. “Veio esta pandemia e deu uma parada. Mas com esta informação de que o campo pode ser um foco dessas doenças, vou procurar a pessoa que ficou de fazer a limpeza para ser feita o mais rapidamente possível. Vamos contratar uma máquina para fazer este trabalho”, conta Antenor.

O TEMPO NOVO procurou também a Prefeitura da Serra para falar sobre o assunto que disse que a equipe de combate ao Aedes aegypti está entrando em contato com o responsável pelo campo de futebol (que é uma área particular) para vistoriar o local. A prefeitura solicita ainda à população que vistorie suas residências para eliminar os focos do  Aedes aegypti.

Em 2020, os números das doenças na Serra, são 2.730 para dengue, no mesmo período do ano passado, foram 5.486  casos. Chikungunya: 364 pessoas e Zika: 30.
Sobre a chikungunya

Os principais sintomas da chikungunya são:

  • Febre.
  • Dores intensas nas juntas, em geral bilaterais (joelho esquerdo e direito, pulso direito e esquerdo, etc).
  • Pele e olhos avermelhados.
  • Dores pelo corpo.
  • Dor de cabeça.
  • Náuseas e vômitos.

Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Normalmente, os sintomas aparecem de dois a 12 dias da picada do mosquito, período conhecido como incubação.

Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. As informações são do Ministério da Saúde.

Como a chikungunya é transmitida?

Transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Por ter uma transmissão bastante rápida, é necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar estes locais para evitar a propagação da doença. A Febre Chikungunya pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período de tempo.

A transmissão da mulher grávida para o feto só acontece quando a mãe fica doente nos últimos 7 dias (última semana) de gravidez. Neste caso, a criança mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada por uma semana para observação e tratamento imediato se desenvolver a doença que, nestes casos, apresenta quadros graves com manifestações neurológicas e na pele. Também existe transmissão por transfusão sanguínea.

Como é feito o tratamento da chikungunya?

O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitermicos e antinflamatórios para aliviar febre e dores. Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação medica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.

Em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos, evitando sempre a auto-medicação. Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.

O diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia e de biologia molecular ou com teste rápido (usado para triagem).

A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR e teste rápido. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

Em situações de epidemia a maioria dos casos serão confirmados por critério clínico.

Como prevenir a chikungunya?

Assim como a dengue, zika e febre amarela, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos aedes aegypti nas suas casas, trabalhos e na vizinhança.

Nesse contexto, a melhor prevenção, sendo esta a principal e mais eficaz, é evitar a proliferação do Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos como tampas de garrafas.

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