A Defesa Civil do Espírito Santo emitiu um alerta para grande risco de deslizamentos de ribanceiras na Serra. A cidade, que registrou mais de 100 mm de chuva em apenas 24 horas, possui diversas áreas críticas. Segundo o órgão estadual, o município é o terceiro do ES onde mais choveu em apenas um dia.
O boletim divulgado pela Defesa Civil aponta para risco alto de movimento de massa na cidade. Na prática, isso significa que, por conta das fortes chuvas, moradores de áreas de encostas devem ficar atentos a possibilidade de desabamento de terra, já que o solo está muito encharcado.
O Estado não detalhou em quais regiões isso pode ocorrer. No entanto, um levantamento feito pelo TEMPO NOVO mostra que a cidade possui, pelo menos, seis pontos críticos distribuídos nos bairros José de Anchieta II, Diamantina, Jardim Carapina, Serra Dourada II, Vista da Serra I e encosta Reis Magos, em Nova Almeida.
Em José de Anchieta II, por exemplo, há uma grande ribanceira que sempre preocupa moradores. O problema ocorre há anos na rua Santa Luzia e o barranco já desabou diversas vezes, inclusive causando interdição total da via pública. Abaixo do local, existem casas, comércios e igreja. Todos temem possíveis tragédias.
A Defesa Civil da Serra segue monitorando a situação da cidade e, nos casos de emergência, tem o plantão 24h que pode ser acionado no telefone 99938-9500. O órgão municipal salienta que, em qualquer sinal de risco, os moradores precisam o acionar imediatamente.
Formação de ciclone e risco de vendaval
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) emitiu um alerta de vendaval, que inclui a Serra. O aviso meteorológico é valido para este domingo (25) e se estende até às 9 horas desta segunda-feira (26).
Conforme apurado pelo TEMPO NOVO, o alerta compreende todo o litoral capixaba, mas também inclui alguns demais municípios próximos. Segundo o Inpe, é esperado que as rajadas possam alcançar velocidades de até 65km/h durante todo o período que o aviso estiver válido.
Vale lembrar que, ainda neste domingo, pode ocorrer a formação de um ciclone subtropical entre o mar do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Assim como diversas cidades capixabas, a Serra também será afetada pelo fenômeno, caso ele realmente se consolide.
De acordo com a Marinha, o Mani – como foi batizado o ciclone – pode acarretar chuvas fortes no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Goiás e também Tocantins. São esperados acumulados de chuva de até 100 milímetros nessas regiões.