Acusado por ex-assessores de praticar rachid, o vereador José Geraldo Carreiro, o Geraldinho Feu Rosa (PSB), se pronunciou por meio de sua assessoria jurídica. Ele esteve na sede do Ministério Público do Espírito Santo, Promotoria da Serra, nesta terça-feira (26), para entregar documentos referentes ao caso.
Segundo o advogado do vereador, Helio Maldonado, o grupo foi atendido pela promotora responsável pelo caso, Maria Clara Perin, que ouviu o parlamentar e sua defesa. O advogado ainda informou que toda documentação está à disposição da imprensa para esclarecimentos.
“Não houve pratica de rachid, foi entregue ao MP uma série de documentos, a pedido da promotora, e numa apertada síntese, havia no gabinete do Geraldo uma contribuição voluntária de todos os assessores, inclusive do próprio Geraldo. Foi criado um fundo para custeio das despesas do mandato, todo dinheiro contribuído era reunido para um deposito único mensal na conta de uma parente de uma assessora; de acordo com as despesas feitas em prol dos serviços do gabinete eram feitos saques e uma escrituração contábil do que era gasto”, contou Maldonado.
Ele explicou também que houve várias doações que estão documentadas, citando como exemplo a manutenção de um projeto social de zumba para 3a idade; as despesas com sessões solenes, compra de presentes para homenageados e de lanche para as sessões; pagamento de contribuição partidária do vereador e de assessores ao PSB; confraternizações pelo próprio gabinete. Houve inclusive, em abril de 2017, uma comemoração onde foram gastos cerca de R$ 1,2 mil em uma pizzaria em uma festa para todos. Os valores eram aplicados em um fundo criado com esta finalidade e isso perdurou em 2017. As contribuições foram diminuindo até que ficou apenas o vereador.
“No final de 2018 a mesma pessoa que idealizou esse fundo sugeriu que fosse feita uma conversa no gabinete para manutenção do grupo politico e cada um passasse a pegar essa contribuição, abrir uma conta pessoal que receberia doações; que em 2020 fizesse uma doação transparente para quem fosse concorrer pelo grupo. Este mesmo idealizador, juntamente com outro assessor, incitou o vereador a fazer a conversa e de maneira clandestina e intencionada gravou a conversa sem a ciência dos demais integrantes do gabinete. E passaram a extorquir o Geraldo após esse episódio. Antes da denúncia ao MP ele [o vereador] registrou um boletim sobre os fatos. Ele está de cara limpa e tem expectativas de que as denúncias sejam arquivadas”, declarou Maldonado.