Caça, lixo, fauna, flora e crimes ambientais. Estes são alguns dos assuntos que ativistas ambientais da Serra estão levando para escolas do município.
A educação ambiental está sendo feita de forma voluntária pela equipe da ong dos Guardiões do Mestre e a última escola a receber os ativistas foi o Colégio Alternativo, de Jacaraípe. Cerca de cinquenta crianças assistiram a palestra que ocorreu nesta terça-feira (26).
Junior Nass, que faz parte dos Guardiões, esteve no local ao lado do também Guardião Ricardo Monteiro e conta que para mostrar a história do Mestre Álvaro, são contadas por meio de fotos e vídeos. “Mostramos os animais, as plantas, conscientizamos sobre a caça ilegal e mostramos crimes ambientais que acontece na Área de Proteção Permanente (APP) do Mestre Álvaro. Também falamos sobre o trabalho da ong e como ela surgiu”, destaca Nass.
O Mestre Álvaro tem 833 metros de altitude e uma área total de 2.389 hectares. Eram 3.470, mas a área foi reduzida devido a um projeto de lei que foi aprovado pelo Governo do Estado em 2018. Em sua larga extensão é possível encontrar animais como bugio, macaco prego, preguiça de coleira, ouriço, serpentes, anfíbios, aves, tamanduá, jacaré, lontra, jaguatirica, entre outros.
É no Mestre Álvaro também que existe uma espécie única de planta, que só é encontrada em solo serrano: a Behuria mestrialvarensis (uma flor). “Mas temos ainda orquídeas, bromélias, pavonia miltiflora, entre outras espécies”, conta Ricardo Monteiro.
Segundo Junior, outras quatro palestras já foram realizadas pelo grupo e a instituição de ensino que quiser receber os ativistas é só ligar e marcar pelo telefone 27 99631-2337. “Só precisamos que a escola tenha projetor e caixa de som, porque esse material ainda não temos”.
A equipe dos Guardiões do Mestre conta com oito ativistas ambientais que além de educação ambiental em escola, atua promovendo turismo, com subidas e travessias no monte realizadas mensalmente.