[secondary_title]

Delação premiada de Sérgio Cabral expõe o corporativismo do STF

- PUBLICIDADE-

Essa semana a Corte do STF decidiu em plenário virtual sobre admissibilidade ou não da delação premiada feita entre o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a Polícia Federal (PF) em um recurso interposto pela Procuradoria Geral da República (PGR). Nada fora do comum se a delação em questão não envolvesse um ministro do próprio STF, o Ministro Dias Toffoli.

A delação premiada ou colaboração premiada é um mecanismo judicial pelo qual um acusado colabora com as investigações, revelando detalhes do crime, como nome e participantes ou detalhes que ajudem a recuperar os bens que foram perdidos por conta do crime. Em troca, o acusado pode receber alguns benefícios.

Apesar da manifestação contrária da PGR, o acordo havia sido homologado pelo Ministro Edson Fachin (antes dele saber que envolvia um Ministro do STF). A PGR recorreu ao Plenário da Corte defendendo a não homologação do acordo porque parte dos valores obtidos pelo colaborador teriam sido ocultados e pela ausência de justa causa para a concessão dos benefícios pactuados.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acusa o Ministro Dias Toffoli de ter recebido dinheiro para vender sentenças e favorecer dois prefeitos de cidades do Rio de Janeiro enquanto era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Lei 12.850/13 autoriza a celebração de colaborações premiadas pela polícia e o STF, e em decisão do Pleno na ADI 5.508, reconheceu a constitucionalidade deste dispositivo, inclusive, com o voto favorável do ministro Alexandre de Morais que, agora, votou a favor de anular a delação de Sérgio Cabral com a PF.

É claro que o recurso em questão não é sobre a validade genérica de um acordo de colaboração premiada entre a polícia e o acusado, mas se este acordo, especificamente, é válido ou não, até porque o ex-governador tentou por inúmeras vezes celebrar semelhante acordo com o Ministério Público que nunca aceitou.

A delação que havia sido homologada, agora foi anulada com ajuda do próprio Ministro Edson Fachin que, como relator, estabeleceu preliminar para que a colaboração premiada firmada por delegado deva se submeter à concordância do MP (exigência que não existia antes). A votação ficou em 7 x 4, votaram a favor da manutenção da delação os ministros Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Carmen Lúcia  e Marco Aurélio. Os contrários são, além do Ministro Edson Fachin, Luiz Fux, Alexandre de Morais, Gilmar Mendes, Nunes Marques, Ricardo Lewandowski e o Ministro Dias Toffoli, suspeito da corrupção denunciada. O Ministro Gilmar Mendes, inclusive, sugeriu que a PGR investigue atuação do delegado da PF que quer investigar o Ministro Dias Toffoli.

Há quem diga que o STF já não age como uma Corte colegiada há muito tempo, e sim como 11 supremos que ao sabor da pauta ou de quem é julgado, decide em um sentido hoje, e altera o sentido amanhã. E ter um Ministro como possível investigado não ajuda a manter a imparcialidade.

Isto é ruim para a segurança jurídica, para a previsibilidade da justiça e, principalmente, para a democracia. Porque hoje o grupo prejudicado é um, amanhã pode ser qualquer outro, fora do estado de direito (rule of law), ninguém está seguro.

Equipe de transição de Weverson entrega relatório e destaca organização financeira da Serra

Nesta segunda-feira (23), a equipe de transição de mandato do prefeito eleito Weverson Meireles (PDT) concluiu o relatório final, formalizando a conclusão dos trabalhos...

Defesa Civil emite alerta de chuvas intensas no ES e assusta moradores; entenda o aviso

A Defesa Civil do Espírito Santo emitiu um alerta de chuvas intensas com risco de alagamentos e deslizamentos de encostas. A mensagem, enviada diretamente para os...

Estado oferta concurso público de nível médio com 600 vagas e salário de R$ 4.710

O Governo do Estado vai ofertar um novo concurso público com 600 vagas para candidatos de nível médio. O edital oferta remuneração de R$...

Músico serrano EXK lança mixtape “Coração Cravejado” com cinco faixas de trap

O músico, cantor e produtor serrano EXK, também conhecido como Exkilo, acaba de lançar no mercado fonográfico sua nova mixtape “Coração Cravejado. O projeto,...

Provocação? Vila Velha invade a Serra para convidar os serranos para o seu Réveillon

Briga entre cidades vizinhas? Desta vez, Vila Velha resolveu inovar e mandou um convite direto (e provocativo) para os moradores da Serra. Sim, um...

Fundão inicia os tradicionais festejos folclóricos de São Benedito e São Sebastião

Após a tradicional Cortada do Mastro realizada no dia 08 de dezembro em Timbuí, os os Tradicionais Festejos de São Benedito e São Sebastião...

SBT abandona TV Tribuna, que agora é afiliada da Band no ES; veja o que muda

Após meses de uma relação estremecida, a parceria entre o SBT e sua afiliada no Espírito Santo, a TV Tribuna, chegou oficialmente ao fim....

Homem é torturado até a morte e encontrado com pés e pescoço amarrados na Serra

Um homem, cuja identidade não foi revelada, foi encontrado morto na madrugada deste domingo (22). O crime ocorreu no bairro Alterosas, na Serra. A...

Mara Barcelos lança dois livros sobre saúde neste domingo (22)

A ginecologista e ex-primeira-dama de Serra, Mara Rejane Barcelos, lança neste domingo (22) duas obras que analisam a saúde em Vitória e no Brasil....
...