Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, outras doenças também continuam preocupando e adoecendo a população capixaba. É o caso da dengue, que só no ano passado, já infectou 4.533 moradores da Serra e voltou a ser uma ‘dor de cabeça’ para os populares, que afirmam estarem preocupados com o avanço da doença. Apesar do número de contaminados ser alto, é bem menor do que o registrado em 2019, quando no mesmo período, tinham sido mais de 17 mil casos na cidade.
Mas isso não significa que a doença ainda não é uma grande preocupação, já que em alguns casos ela pode levar até a morte. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, felizmente, não houve nenhuma morte por dengue em 2020 na cidade. Enquanto em 2019, durante todo o ano, foram dez óbitos.
Margarida do Couto, de José de Anchieta II, reclama do avanço da doença na cidade. “A prefeitura até passa com o carro fumacê, mas os moradores precisam colaborar. São muitos pontos viciados de lixo, terrenos abandonados e até mesmo focos de dengue dentro das casas. Na minha comunidade, por exemplo, as pessoas costumam não se cuidar muito”, afirmou a popular.
Lucimara Souza, de Planalto Serrano, pediu o apoio de seus vizinhos no combate à dengue. “Precisamos de união para vencer esse mosquito. Isso já me infectou e quase morri. Por isso, hoje eu sei a importância de limpar o quintal. O problema é que uma andorinha sozinha não faz verão”, destaca a moradora.
Vale destaca que a Serra viveu um grande surto de dengue em 2018. Em 2020, logo no início, o Ministério da Saúde chegou a colocar o Município em alerta para a possibilidade de um novo surto. Além da grande quantidade de casos, a cidade também sofreu com a falta de distribuição de um inseticida, que deveria ter sido enviado pelo Governo Bolsonaro, mas ficou em falta por meses.
Zika e chikungunya
Até dezembro de 2020, haviam sido registrados 99 casos de zika e 1.103 de chikungunya. Não houve mortes. Em 2019, foram 138 de zika e 103 de chikungunya, também sem mortes. No caso da chikungunya, a Serra vive, segundo especialistas, um grave surto da doença. O mesmo acontece em outras cidades da Grande Vitória.