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Depressão em cães e gatos existe?

Um dos sinais que podem demonstrar depressão é a necessidade de isolamento. Foto: Ana Paula Bonelli

Ao contrário do que muitos acham, cães e gatos podem manifestar distúrbios psicológicos. Dentre os mais comuns está a depressão. Já foi comprovado cientificamente que os animais são seres sencientes, ou seja, são dotados de sentimento e distúrbios psicológicos passaram a ser observados em animais também.

Para comprovar essa teoria a Universidade de Bistrol, no Reino Unido, realizou uma pesquisa para investigar causas e tratamento, contrariando um número grande de profissionais da área animal que considerava a depressão um mito. O estudo fez uso de observações aplicadas na psicologia humana para chegar ao resultado final, provando que os animais podem demonstrar estados vulneráveis e sensíveis a perdas e traumas levando a uma depressão, e assim como em humanos podendo levar até a perda da vontade de viver.

Por isso, separei alguns sinais para você observar em seu bichinho de estimação que podem indicar estado depressivo.

Por exemplo, mudanças bruscas na rotina e no ambiente como a chegada de um bebê na casa, visitas que “ocupam” o espaço do seu mascote, mudança de endereço, doença de alguém da casa, perda de algum animal companheiro, inclusão de outro animal na casa, perda de liberdade (parada brusca de caminhadas ou espaço livre para correr e brincar), morte de alguém próximo ao animal, doação, mudança do ambiente de habitat (animal que podia adentrar o espaço interno da casa e bruscamente é proibido de entrar), doença no próprio animal, são alguns dos gatilhos que podem levar seus mascotes a um estado de depressão.

Para os donos mais atentos a seus bichinhos de estimação não é difícil notar as mudanças de humor e comportamento neles.

Sinais como mudança de comportamento (animais carinhosos passam a ficar mais arredios e quietos), rejeição de atividades antes prazerosas como brincar e caminhar, auto-mutilação, necessidade de isolamento, intolerância ao toque físico repentino.

Ao notar uma mudança no comportamento do seu pet procure ajuda veterinária. Em alguns casos o tratamento é simples com florais ou homeopatia, e em outros, medidas mais drásticas com uso de antidepressivos se faz necessário.

Lembre-se, apenas o médico veterinário tem competência para diagnóstico e tratamento do seu pet. Não automedique pois ao invés de ajudar você está agravando mais ainda o quadro de depressão do seu mascote.

Dra. Patrícia Ribeiro de Oliveira,

médica veterinária das clínicas

Mvet Popular e Climev Laranjeiras.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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