Diante do que classificou como “inércia” do Governo do Estado sobre os ataques a delegacias de polícia, o deputado estadual Marcelo Santos (PMDB) cobrou uma resposta ao Executivo, já que em menos de 12 dias foram registradas seis ações contra DPJs.
Em seu discurso no Plenário da Assembleia Legislativa, o deputado afirmou estar “estarrecido” ao constatar que bandidos atuam numa espécie de “poder paralelo” ao Estado. Ele sugeriu o nome do colega Gilsinho Lopes (PR) para ocupar o cargo de secretário de Estado da Segurança Pública. Apesar da sugestão, ele afirmou também que respeita a figura do atual secretário, André Garcia.
O parlamentar classificou como “arruaça” o que está acontecendo com as instituições de segurança pública, que deveriam defender a sociedade e estão sendo alvo de criminosos.
Onda de ataques
O primeiro ataque ocorreu no dia 29 de maio, na Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam), que foi arrombada e teve armas roubadas. Dois dias após o episódio o 6º Batalhão da Polícia Militar, localizado na Serra, foi alvo de outros criminosos. Na ação foram roubadas 14 pistolas. No dia 2 de junho armas foram levadas da Delegacia Distrital do Bairro Goiabeiras, em Vitória, onde foram furtados três revolveres calibre 38, uma submetralhadora calibre ponto 40. Na última segunda-feira (8), bandidos invadiram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de onde levaram armas e coletes. Já a Deam foi novamente atacada esta semana.