Com prejuízos orçados em R$ 666 milhões as chuvas de janeiros deixaram várias cidades capixabas destruídas. E o pior é que as tormentas parecem ter voltado no mês de maio. Na tarde da última segunda-feira (02) o Inmet emitiu um alerta vermelho para 61 municípios do ES com “grande perigo” em decorrência da precipitação que se formou.
Entre as propostas para mitigar os impactos ocorridos (e que ainda podem ocorrer), está o emprego de mão de obra carcerária que pode auxiliar na reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas e baratear os custos públicos. A ideia foi apresentada pelo deputado estadual Vandinho Leite (PSDB) que cobrou do Estado que lidere uma força-tarefa para “recrutar” presos de baixa periculosidade e com experiência em construção civil para trabalharem nos municípios afetados.
“Temos o exemplo da cidade de Abre Campo, na Zona da Mata mineira, que também sofreu com as chuvas de janeiro e pediu autorização do Judiciário para recrutar presos e colocá-los para trabalhar. O município não gastou nada, pois os presos que saíram receberam o benefício da remição de pena, a cada três dias de trabalho, um é diminuído da pena. É isso que propomos aqui no ES”, explicou Vandinho.
Atualmente a população carcerária registra superlotação de 68%, já que possui aproximadamente 23 mil presos para 13 mil vagas. Do total apenas 14% dos encarcerados trabalham, de acordo com dados do Governo Federal em 2019. Na proposta de Vandinho, as prefeituras iriam conceder as ferramentas necessárias e o almoço dos internos, que trabalhariam de 8h às 16h.
“É uma oportunidade de fazer algo realmente útil para a sociedade e ainda ter a pena reduzida. Isso é a ressocialização de verdade e não o que prega essa turma ligada aos Direitos Humanos que invertem os valores e vitimizam quem comete crimes”, opina o deputado.
Vandinho cobrou do Estado que lidere uma força tarefa no sentido de fazer uma triagem dos detentos que possuem alguma experiência ou aptidão em construção civil e temas correlacionados, para então pedir autorização nas Varas de Execuções Penais mais próximas das cidades atingidas. Além disso, disponibilizar os policiais penais, que serão responsáveis pela escolta dos internos.