O deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), que foi derrotado na disputa pela Prefeitura da Serra, teve sua campanha eleitoral marcada por controvérsias, disseminação de fake news e ataques à imprensa. O ponto alto das polêmicas ocorreu na reta final, quando ele alegou ter sido vítima de uma tentativa de assassinato – uma afirmação que foi desmentida pela Polícia Civil.
As controvérsias não são novidade na trajetória política de Muribeca. Antes mesmo do início oficial da campanha, o deputado foi proibido pela Justiça de entrar em unidades de saúde da Serra, onde realizava fiscalizações que frequentemente resultavam em tumulto.
Durante a campanha, Muribeca manteve uma postura agressiva, direcionando ataques constantes ao seu principal adversário, Weverson Meireles, atual prefeito eleito. Em diversas ocasiões, ele foi processado por disseminar informações falsas, incluindo a mais recente decisão judicial que classificou como mentirosas suas acusações sobre “ideologia de gênero” contra Meireles.
No 2º turno, a campanha de Muribeca estava confiante em uma possível virada contra Weverson – o que não aconteceu. A campanha ainda tentou polarizar a eleição na Serra para a questão ideológica, medida que parece não ter agradado muito o eleitor.
Nos últimos dias de sua campanha, Pablo Muribeca também intensificou seus ataques à imprensa. Em uma tentativa de censurar o Jornal Tempo Novo, ele ingressou com uma ação judicial polêmica, mas a liminar obtida em primeira instância foi revogada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), garantindo a liberdade de imprensa do jornal que atua há 40 anos na Serra.
Os apoios de Pablo Muribeca também eram um pouco controversos. Grande parte de seus aliados eram de fora da Serra e possuíam pouquíssima ligação com a cidade. É o caso do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.