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Desastre ambiental iminente no Atlântico envolve de novo a Vale

O navio com 300 mil toneladas de minério de ferro da Vale está encalhado na costa do Maranhão e já tem vazamentos, segundo a Marinha. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Co-responsável pelo derramamento de rejeitos no rio Doce e no mar com o rompimento da barragem da Samarco (Vale + BHP Billiton) em 2015 e responsável pelo estouro da barragem de Brumadinho que lançou o mesmo tipo de rejeito na bacia do rio São Francisco em 2019, a Vale está novamente envolvida em degradação ambiental que pode ganhar grandes proporções.

É que o navio ‘Stellar Banner’ carregado com 300 mil toneladas de minério da Vale, que exportaria a carga para a China, encalhou a cerca de 60 km (32 milhas náuticas, segundo a Marinha)  do litoral do Maranhão na última segunda-feira (24). Em comunicado à imprensa feito na manhã desta quinta –feira (27) a Marinha informa que já foram identificados dois vazamentos na embarcação, mas não especifica se é minério de ferro, óleo combustível ou ambos que estão contaminando as águas do Atlântico.

O comunicado da Marinha diz ainda que o encalhe ocorreu próximo à boia nº 01 da baía de São Marcos; que a tripulação já foi retirada com segurança do navio e que a Vale enviou rebocadores ao local para prevenir vazamentos. A Marinha pede também que pescadores e moradores das áreas costeiras informem a instituição caso vejam sinais de contaminação das águas e praias.

É improvável, caso o navio afunde e toda carga se espalhe no mar, que a contaminação impacte o litoral capixaba. Tanto pelo distância – cerca de 3 mil km pelo mar em medição no Google Earth – quanto pelas correntes marinhas que atuam na região do encalhe.

Porém é uma situação em que o Espírito Santo também está vulnerável, pois assim como o Maranhão, o estado possui portos para exportação de minério onde atracam navios gigantescos de porte semelhante ao Stellar Banner. Um desses portos é o de Tubarão, operado pela Vale, localizado em Vitória e perto do limite com a Serra.

O outro porto é o de Ubu, gerido pela Samarco (Vale+BHP) em Anchieta, sul do ES. O porto de Ubu está sem operar desde o final de 2015 por conta do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em Mariana-MG, mas há previsão de que volte a funcionar com o retorno das atividades da mineradora projetado para o 2º semestre deste ano.

A reportagem acionou a assessoria de imprensa da Vale pedindo mais informações sobre o incidente com o navio no Maranhão. Se a empresa retornar, terá seu posicionamento publicado neste espaço.

Redação Jornal Tempo Novo

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