Vidigal é prefeito, e tem histórico de auxiliar politicamente aliados e familiares em eleições intercalares à dele, e por isso, já há pessoas cotadas para serem os escolhidos do atual prefeito, especialmente para os cargos de deputado estadual e federal. Mas para além das escolhas individuais, há fatores externos que podem influenciar nas decisões de Vidigal.
O maior deles é o destino do seu adversário político: ‘qual é o rumo de Audifax Barcelos em 2022?’… pergunta difícil de ser respondida. O que dá é supor cenários, mas é certo que as decisões de Vidigal devem partir desse contexto. Audifax deu um nó no meio político ao afirmar e reafirmar: ‘posso ser candidato a qualquer coisa em 2022, de deputado estadual a governador’.
Essa posição do ex-prefeito da Serra – propositalmente – abre o leque e dá pouca margem para os adversários agirem cirurgicamente no sentido de mina-lo politicamente. É estratégia de sobrevivência, pois diferente de outras eleições, dessa vez, Audifax, terá que romper fragilidades extras, como: partido esvaziado, sem liderança expressiva nacionalmente, sem recursos de campanha, sem tempo de TV, fora das principais máquinas administrativas do ES e sem apreço político algum do atual governador Renato Casagrande. Essas e outras desconfianças, Audifax precisará quebrar no meio político para alçar voos maiores.
Entre os aliados de Vidigal, a crença maior está na possibilidade de Audifax ser candidato a deputado federal. Eles dizem não acreditar na possibilidade de Audifax ser estadual; até porque, não tem nada na literatura eleitoral do Espírito Santo que sustente a tese de um ex-prefeito da Serra no auge da forma política, deixar o cargo para em 2 anos se tornar candidatos a deputado estadual.
Por isso é aceitável que o caminho natural de Audifax seja de deputado federal, percurso que ele já fez no passado e se deu muito bem. E nesse sentido que Vidigal vai precisar inserir um nome com maior robustez para disputar esse cargo entre os eleitores da Serra, para não deixar que seu adversário encha as urnas da cidade e automaticamente se cacife para retornar como candidato a prefeito em 2024, e recrie os problemas das quais Vidigal passou 8 anos tendo que lidar (e segue lidando).
Outra hipótese ventilada para Audifax é tentar o Governo do Estado, mas aí o buraco é mais embaixo. Para isso, ele precisaria de elementos dos quais ele não tem, como grupo político estruturado, blindagem, partidos, chapas competitivas, etc…. Quem pode dar isso a ele?
Talvez o ex-governador Paulo Hartung, se conseguisse reaglutinar parte de seu espólio que se encontra espalhado e agregar forças centristas que estarão fora do palanque de Casagrande e não querem ser vinculados ao bolsonarismo nem ao petismo. Um exemplo, quem sabe, é o Republicanos, que é uma força expressiva no ES e ainda não indicou rumos explícitos.
Audifax e Hartung conversam, isso já é reportado com solidez nos bastidores políticos. Mas é até normal, quem está na planície costuma se juntar. Qual nível de alinhamento dessa conversa e com qual objetivo? São perguntas que estão no ar.
De 2008 a 2020, Audifax e Vidigal alternam os apoios de Casagrande e Paulo Hartung. É o famoso: ‘quando um está com um, o outro está com o outro’. Resta saber se procede tamanho interesse de PH no ES a ponto de sair da onde está para ser articulador político de Audifax e se há confiança mútua para tanto. Difícil pensar em um grau de comprometimento tão grande nessa altura da carreira pública de PH, mas são questões que só o tempo dirá.
Agora, e para senador? Pode ser… um recém ex-prefeito da Serra deveria naturalmente ser listado a um cargo desse, haja vista a expressividade da Serra. No entanto algumas das fragilidades citadas nos parágrafos acima também se aplicam a esse caso, com um agravante: a fila de candidatos para essa função está incongestionada e o que Audifax tem para barganhar? Nem jogar com a expectativa ele pode. Senador não é ordenador de despesas, não assina nomeação de secretarias e nem de órgãos públicos.
O destino de Audifax será a tônica das decisões de Vidigal. O que não pode é subestimar a fera, capacidade de reação o ex-prefeito tem. Audifax é atacante nato, tem coragem e sabedoria… guarda consigo aquela ‘maldade política boa’ que é fundamental no jogo das relações de poder. Em 2016, contra todos os prognósticos, Audifax dobrou a morte e virou prefeito da Serra pela 3º vez. Seja de federal a governador, ele vai estar na eleição. O meio político vai ter que engolir.
Na parte 02 desse artigo, o TN trará uma leitura de bastidor sobre os cotados para receber apoio de Vidigal na eleição de 2022. O prefeito tem compromisso partidário firmado com a nacional e precisa achar um freio contra Audifax na Serra. Esses cotados já estão ai, se movimentando em suas bases, tentando agregar poder e até brigando uns com os outros.
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