Por Conceição Nascimento
O deputado federal Sérgio Vidigal (PDT), que governou a Serra por três mandatos e é um dos pré-candidatos à corrida majoritária de 2016, pode ser expulso do seu partido na segunda-feira (30), o que dificultaria sua entrada no processo eleitoral de dois de outubro.
A punição acontece após o parlamentar confirmar seu voto em favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no dia 17 de abril. Com isso, o pedetista entrou na lista endereçada à Comissão de Ética da legenda, e a punição prevista é o afastamento da legenda.
A reunião que vai definir o destino dos parlamentares acontece na próxima segunda-feira (30). Durante o encontro, a Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) vai anunciar a decisão da Comissão de Ética da legenda sobre a permanência ou não dos parlamentares no quadro de filiados. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, havia orientado seus parlamentares a votarem contra o afastamento da presidente, sob pena de expulsão dos desobedientes.
Vidigal milita no PDT há 28 anos e é o presidente do partido no Espírito Santo. Uma expulsão a quatro meses das eleições seria um problema para Vidigal, já que o prazo para troca e filiação partidária terminou em abril e ele poderia ser impedido de disputar o pleito pela Justiça Eleitoral. Para se garantir candidato, Vidigal precisaria enfrentar uma batalha judicial.
Segundo informações da assessoria de imprensa do PDT, o Comitê de Ética partidária está concluindo o parecer de cada deputado e no dia 30 de maio, na reunião do Diretório Nacional, no Rio de Janeiro, será anunciada a decisão final do partido. A assessoria disse ainda que o presidente Carlos Lupi, assim como qualquer membro do Comitê, só falarão a respeito de algum parlamentar após a reunião.
O presidente Lupi enviou carta à militância onde fez o relato de todo o processo que resultou na decisão do partido de votar contra o impeachment.
A assessoria do deputado Vidigal foi procurada, mas ainda não retornou ao contato.