Escolhido como “Dia Mundial de Combate à Meningite”, o dia 24 de abril visa orientar população e profissionais da saúde sobre essa doença que atinge aproximadamente de 2.500 pessoas por ano no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
De acordo com a infectologista Rubia Miossi, da Unimed Vitória, a meningite é classificada em três tipos. A viral, que tem transmissão pelas vias respiratórias, apresenta quadro mais leve, com sintomas parecidos com os da gripe e resfriado e atinge principalmente crianças. “É importante tratar adequadamente porque pode deixar sequelas, mesmo sendo mais leve”.
“Normalmente, a pessoa apresenta febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, ausência de apetite e irritabilidade. Quando diagnosticada, a orientação é ingerir analgésicos e antitérmicos para o alívio dos sintomas”, explica.
Já a bacteriana, transmitida também pelas vias respiratórias ou a partir de quadros infecciosos, pode ser mais grave e deve ser tratada imediatamente, já que apresenta risco de sequelas para o paciente. “Nesse caso, os sintomas mais comuns são febre alta, náusea, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo”, alerta. A infectologista enfatiza: “Dor de cabeça com vômitos ou confusão mental é uma emergência e é preciso ir ao pronto-socorro imediatamente”
Na meningite fúngica, os sintomas são os mesmos da bacteriana, mas a transmissão é feita pela inalação de pequenos pedaços de fungos, que entram aos pulmões e também atingem as meninges. “O diagnóstico é feito com avaliação clínica somada ao exame de líquor (líquido que envolve o sistema nervoso), para identificar o tipo de agente infeccioso”, pontua a especialista.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Isso quer dizer que casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no período do outono-inverno e das virais, durante a primavera e o verão.
A recomendação é que, ao aparecer os sintomas, a pessoa deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Para alguns dos tipos de meningite, existem medidas de prevenção primária, tais como as vacinas, que estão disponíveis para evitar as principais causas de meningite bacteriana. Mas há outras formas de prevenção simples, como evitar aglomerações de pessoas em locais fechados e manter os ambientes sempre ventilados e limpos.