A diarreia é definida como fezes mais moles, maior volume, maior frequência e mais líquidas do que o normal. A casuística de diarreias é muito comum na clínica de felinos, e cada caso deve ser investigado individualmente, já que temos muitas etiologias que podem desencadear essa clínica.
Embora maior parte dos casos de diarreia nos gatos se resolvam em algumas horas ou dias sem intervenção, os gatos com diarreia durante mais do que alguns dias ou os que mostram sinais mais graves (como vômitos, perda de apetite, fezes com sangue, fezes líquidas ou cansaço), devem ser observados imediatamente por um veterinário, mas se esse gato for um filhote, não espere.
Ela pode trazer consequências desastrosas caso não tratada corretamente, pois qualquer perda não programada, especialmente em gatos jovens, acarreta sérios problemas para a saúde dele. Essas consequências sérias incluem: desidratação rápida (muitas vezes em um dia já se constata uma grave desidratação), desequilíbrios eletrolíticos, anemia, hipoproteinemia e desnutrição, podendo levar o animal à óbito.
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Além dos sinais citados, o animal também poderá ficar profundamente letárgico, com febre, rápida perda de peso e anoréxico, em casos de diarreias severas.
As diarreias podem ser agudas ou crônicas (mais de duas semanas), e sua abordagem deve ser diferente pelo médico veterinário.
Muitas vezes a internação é a única solução para revertermos o quadro, mas outras vezes o veterinário poderá entrar com um tratamento clínico, ou mesmo mudança de hábitos, tais como mudança de ração.
As principais causas de diarreia em gatos são provocadas por: vírus, parasitas, por ex. giardia, cryptosporidium, desequilíbrios no microbioma (incluindo bactérias), obstrução intestinal, intolerâncias/alergias alimentares, doença inflamatória intestinal, uso de antibióticos e outros medicamentos, envenenamento/toxinas, infeções intestinais, por ex., salmonella, campylobacter, pancreatite, doenças hepáticas, doenças renais e hipertiroidismo.
O tratamento depende da causa de base, e cada caso é avaliado individualmente. Problemas concomitantes normalmente estão associados e o médico veterinário deverá avaliar cada caso.