Em sessão realizada na tarde desta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa, a Comissão de Educação ouviu a diretora da Escola Estadual Aristóbulo Barbosa Leão, Flávia Induzzi Passos, que se defendeu das acusações de perseguição e assédio moral supostamente praticados pela profissional com os professores da unidade de ensino.
Conforme o TEMPO NOVO divulgou no dia 26 de maio, profissionais da escola – que não serão identificados nesta matéria – encaminharam um documento com as denúncias para a comissão, que é presidida pelo deputado Vandinho Leite (PSDB). No documento, ao qual a reportagem teve acesso, os professores afirmam que as perseguições feitas pela direção do Aristóbulo já causaram até afastamento médico de funcionários da unidade escolar.
Os denunciantes ainda reclamam da “postura autoritária” da gestão da unidade de ensino e afirmam que isso já causou diversos constrangimentos com funcionários, dos professores até os profissionais da limpeza. Uma fonte ouvida pela reportagem ainda afirma que o Aristóbulo passa por um “desmonte” com a diminuição de turmas, o que pode levar a um possível fim da escola no futuro. Tema que também foi denunciado no documento endereçado aos deputados.
Apesar das acusações, a diretora, que atua na unidade desde 2015, mas assumiu a direção somente em 2018, afirmou que tomou conhecimento das denúncias pela mídia e que as reclamações recebidas nas reuniões de líderes foram listadas e endereçadas à Secretaria de Estado de Educação (Sedu).
Durante a reunião desta segunda também foram apresentadas as justificativas para a diminuição das turmas em 2019 e sobre a substituição dos seis professores ao longo e 2019, justificada como prática comum na rede de ensino. A comissão decidiu encaminhar a denúncia para o Ministério Público do Estado (MPES).
No último dia 3, os deputados ouviram os professores do ABl que acusam Flávia. Na sessão, os deputados pediram que a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) abra um Processo Administrativo Disciplinar para apurar as denúncias contra a gestão da escola. Além disso, a comissão pede que o atual secretário de educação, Vitor de Angelo, apure sobre a suposta omissão por parte da Sedu.
Vandinho propôs, e foi aprovado pelos deputados, um pedido de informação junto à Sedu sobre o caso e também o convite do titular da pasta, Vitor de Angelo, para que ele vá à Assembleia Legislativa.
Sedu não se pronuncia sobre acusações de omissão
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sedu no último dia 3 para saber se a secretaria iria se pronunciar sobre as acusações de omissão por parte dos deputados e se iria abrir o Processo Administrativo para apurar o caso. Na terça-feira (4), a assessora da secretaria, Mirela Marcarini , chegou a entrar contato com o TEMPO NOVO afirmando que ainda estava apurando a demanda, mas que logo responderia.
Após isso, a reportagem entrou novamente em contato com a assessoria da Sedu perguntando se já tinha uma resposta para a demanda, mas o e-mail foi ignorado pela assessora.