Conceição Nascimento
Fruto de muita discórdia entre aliados do prefeito Audifax Barcelos (Rede) e do ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), o imbróglio da eleição da Federação das Associações de Moradores da Serra (Fams), pode ser resolvido nas próximas semanas.
Isso porque nesta sexta-feira (9), às 19h está marcada uma reunião entre o Colegiado da Fams no sentido de chegar a um acordo entre as duas chapas que empataram na eleição de abril deste ano. Segundo informações de dentro da Fams, o caminho deve ser formar uma chapa única dividida entre os dois grupos.
Desde o dia 16 de abril, as duas chapas, compostas por membros ligados a Vidigal e a Audifax, batem cabeça sobre o critério de desempate, e de lá para cá o caso foi parar na Justiça. A Fams é muito cobiçada por políticos, pois a entidade faz a interlocução com 126 associações de moradores e participa das decisões que versam sobre o orçamento participativo.
Sobre a formação de uma chapa de consenso, o atual presidente da entidade, Jacinto Sezine, explicou. “O que está sendo direcionado é que, aquele que indicar a cabeça de Chapa ficará com uma cadeira a menos na Executiva, um total de oito. O que ficar com a vice, com um nome a mais, sendo nove. A terceira chapa que disputou, Chapa 1, terá quatro assentos na diretoria. Feito esse acordo, a ata será registrada e notificaremos a Justiça sobre a nossa decisão, pedindo o fim da batalha judicial”, disse.
A chapa 2 tem Jean Cassiano e Deborah Alves como presidente e vice, respectivamente, e a Chapa 3 tem Edmar Souza como presidente e Marilene Almeida como vice.
Transferência da UTIN do Dório Silva
Um fator que pode ajudar nesta aproximação entre as chapas rivais é a mobilização social para tentar impedir a transferência do UTI Neonatal do Dório Silva para Vila Velha, conforme propõe o Governo do Estado. Sobre isso, Jacinto Sezine diz acreditar que este fator da transferência da UTIN pode aproximar antigos desafetos. “A luta pela UTIN na Serra está aproximando desafetos da Federação. Vai unir os grupos populares e partidos, preocupados com o que deve acontecer nos próximos vinte anos, com os recursos congelados, conforme o Governo federal quer”, disse.